A saída de Odair Hellmann pegou todo mundo de surpresa. Seduzido pela grana dos árabes, o técnico, que tanto dividia opiniões entre a torcida tricolor, agora é passado. E caberá a Marcão conduzir o Fluminense nas últimas 14 rodadas deste Campeonato Brasileiro.
Não é a primeira vez que Marcão segura essa viola. Da primeira (em 2016) para a segunda (ano passado), houve evolução no que diz respeito a resultados. Esperamos que agora, na terceira oportunidade, seja a hora da afirmação dele no cenário dos jovens treinadores brasileiros.
Ao contrário das anteriores, desta vez a herança não é maldita. O time ocupa a quinta colocação na tabela do Brasileirão e parece já ter uma maneira definida de jogar. A meta que se apresenta não é a fuga da degola, mas a conquista de uma vaga na Libertadores.
Sim, acredito que Marcão possa se tornar um bom treinador. Sempre foi dedicado, interessado. Sem falar na identificação que possui com o clube dentro das quatro linhas. Quando jogador, dava a vida em campo por nossas cores, é sempre bom lembrar.
Ah, mas esse tipo de situação, de promover alguém da casa, não dá certo, serve apenas como paliativo… Para citar um exemplo no arquirrival: alguém esperava alguma coisa de Andrade ou Jayme de Almeida? Pois é, interinos que conquistaram títulos nacionais.
Marcão teve como professores Carlos Alberto Parreira, Valdir Espinosa, Abel Braga… Até do atualmente badalado Renato Portaluppi ele bebeu na fonte. Para citar exemplos recentes, partilhou a metodologia de Fernando Diniz e do próprio Odair Hellmann.
Tá na hora de reunir todo esse conhecimento, essas ricas experiências, e mostrar do que é capaz. Como tricolor, torço fervorosamente para que Marcão dê certo. Conheço-o desde que chegou ao clube, sei o quanto o Fluminense representa na vida dele. Que possa desenvolver um bom trabalho. E vamos em frente.