Muletas (por Mauro Jácome)

 MuletasTemos reclamado do nosso jogo-jogado. O nível não está bom, é verdade, mas, em todas as rodadas, algumas boas partidas mexem com a torcida, se não tecnicamente em sua plenitude, pelo menos em emoção.

No entanto, o jogo-falado está uma chatice só. Tá duro de acompanhar as coletivas, os debates, as argumentações, as desculpas, os comportamentos. A arbitragem é sempre a grande vilã. Além dos seus próprios erros, também é responsável pelo mau posicionamento do zagueiro, pelo gol perdido, pelos passes errados, pelos lançamentos para o nada, pela substituição errada, pela má preparação física.

Um erro, às vezes grave, serve de apoio para justificar todo o resto de ruim que um time faz em campo. Claro, pênaltis ou impedimentos podem definir um placar, mas, em muitos casos, independentemente disso, o placar, provavelmente, não seria diferente. Depois, vira um lengalenga durante horas, dias, semanas. Muitas dessas polêmicas são manipuladas para que o torcedor fique preso aos programas esportivos. Quem não assistiu e recorre aos comentários para se atualizar fica craque em tudo que envolve a arbitragem, mas, quanto ao jogo em si, talvez nem descubra qual foi o placar.

Às vezes, até passa pela minha cabeça que há times que torcem pelos erros dos árbitros para que possam colocar a culpa em alguém.

Ainda tem a cara de pau de alguns. Por exemplo, o Luxemburgo, há tempos não reclama da arbitragem. Deixa o Fluminense ganhar hoje com um gol de pênalti do Fred!

Cristóvão

Vou na contramão da maioria sobre a responsabilidade do Cristóvão na derrota para o Vitória. Aquele jogo nem precisava de técnico. E mais, antes das substituições erradas, se o grupo em campo tivesse um pouquinho mais de responsabilidade, o resultado já estaria construído com folga para suportar qualquer lambança.

Temos a tendência de atribuir aos técnicos uma responsabilidade maior do que lhes cabe. Como se ficassem com um controle remoto à beira do campo e seus comandados não tivessem vontade própria. Quarta-feira foi um caso típico em que os jogadores perderam um jogo de forma inadmissível.

E hoje, um resultado adverso provavelmente encerrará o ciclo de Cristóvão Borges nas Laranjeiras. Mesmo com vitória, não aposto nele até o fim da temporada, conforme foi anunciado pela diretoria. Especula-se o nome de Oswaldo Oliveira. Caso se concretize, se a turminha não quiser, será mais um que não vingará.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MauroJacome

Imagem: mimiwrites.blogspot.com.br

O ESPÍRITO DA COPA BANNER NOVO

1 Comments

  1. Faço minhas as suas palavras. Este time não tem alma, não tem amor próprio, não tem vergonha na cara. Se vamos nas laranjeiras reclamar de postura indolente do time, somos marginais e vagabundos. Se nos calamos e não vamos aos jogos, somos torcedores sem amor ao clube. Aos jogadores, que são os verdadeiros responsáveis pelo comportamento de seus torcedores, seja no estádio ou fora dele, nada lhes são atribuidos, como se fossem vítimas de um complô contra trabalhadores que cumprem sua aobrigação.

Comments are closed.