Apesar da classificação na Libertadores, tem muita coisa errada no Fluminense.
É tanta coisa que não cabe em apenas um texto. Começa de cima com quem o comanda, seus dirigentes – ontem mesmo vimos -, conselheiros e tudo isso se reflete no campo.
O Fluminense, que teve um grande início de temporada com titulo carioca, três primeiros jogos na Libertadores arrasadores e um grande futebol apresentado, se vê no momento com um time titular muito forte, porém um elenco no geral muito fraco. Porém, isso tudo se iniciou com mais um péssimo planejamento da atual gestão.
Desde os primeiros anos do atual comando do clube, pode se analisar um certo padrão de contratação, salvo exceções: jogadores já em declínio na carreira, com a desculpa de carregarem experiência, currículo vencedor e essas ladainhas que dizem muito, mas ao mesmo tempo não dizem nada.
Contratações que vão de contra mão ao que o futebol moderno, que exige cada vez mais do físico dos atletas. As lesões em sequência nos últimos dois meses estão aí para provar.
Para piorar, além de contratações muito questionáveis, acabam quase sempre tirando espaço justamente dos meninos de Xerém. Com isso o Fluminense passa meio que abrir mão de o que tem de melhor para agradar medalhões.
Vale lembrar que, hoje, um dos melhores jogadores do time, se não o melhor, o volante André, só não foi emprestado para o CRB devido ao medalhão Hudson ter tido uma lesão que o tirou do restante da temporada, em 2021. Um pouco antes também. Em 2020, garotos como Martinelli, John Kennedy e Callegari só apareceram no time titular devido a vários jogadores do time principal terem testado positivo para o Corona vírus.
Esses dois exemplos aparentam que nada é planejado no Fluminense e esse suposto “processo de maturação” dos atletas não passa de balela. Visto que os últimos exemplos mostram que os meninos da base só ganham chances no time principal no último caso – às vezes nem isso, como no caso dos laterais esquerdos. Enquanto isso, o clube segue fazendo contratações muito das vezes desnecessárias e no mínimo estranhas, o maior caso talvez seja do volante Thiago Santos.
Em suma, reafirmo o que foi dito no começo: o Fluminense Football Club é um clube que anda na contramão do que é exigido para ser vencedor no Futebol moderno. É muito discurso de “jogador cobra da bola, vencedor” baseado no passado do que em prática, analises serias e um futebol que seja feito com verdadeiro profissionalismo. Parafraseando o livro do ex-dirigente do Barcelona e atual CEO do grupo City, Ferran Soriano, “A bola não entra por acaso”, mas também não é por acaso que ela deixa de entrar.
É cada vez mais necessário pessoas que estão dispostas a discutir o Fluminense de maneira seria e buscando de forma profissional, maneira de fazer com que o clube avance e não fique estagnado no tempo.
Saudações tricolores!