Essa forma de jogar é um belo atalho para o abismo, ainda mais com jogadores de baixo nível técnico como os nossos.

Na final da Taça Guanabara, houve um momento em que o técnico deles entendeu o jogo e fomos encurralados pelo Vasco em nosso campo de defesa. Sem conseguir sair, erramos seguidamente e cometemos a falta em que saiu o gol deles… ainda que tivessem uns 35 vascaínos impedidos no lance.

No Fla-Flu dos garotos, tomamos gol em cima de gol errando a saída de bola. No outro Fla-Flu, da semifinal, idem.

Contra o Santa Cruz, de novo. Contra o Santos, outra vez. Sem falar, as incontáveis vezes em que, por qualquer razão, a bola não entrou.

O time fica com a bola o tempo todo, mas cria pouquíssimo. Quando cria, perde. O bom meia descoberto no Paraná fica preso na esquerda, enquanto o Bruno Silva segue solto no campo.

O mesmo jogador erra 3 pênaltis em 4 meses, e segue batendo. O time é roubado, sacaneado e vencido com a mesma facilidade.

Não conseguimos ganhar do Volta Redonda, do Resende, do Antofagasta, do Luverdense, do Santa Cruz, do Goiás. Terminamos o Carioca em quarto lugar no geral, atrás até do Bangu. Jogamos sete clássicos. Ganhamos um e perdemos quatro.

Jogador mais ou menos não quer ficar. Jogador bom, nem se cogita. Jogadores que não deram certo em lugar nenhum aparecem aos montes. Alguns, parecem deboche. Outros, tenho certeza que são.

E tem gente achando fantástico. O técnico foi eleito o melhor do Carioca!

No meio disso tudo, o presidente decide sair mas não renuncia. E segue contratando (mal), sabe-se lá com que orçamento, ou com quais perspectivas.

Como trocar de treinador agora? Quem assinaria um contrato com um clube com eleições marcadas para daqui a pouco mais de 30 dias, no meio da temporada, sem tempo para armar um time, definir um padrão ou indicar uns jogadores, em um clube sabidamente sem dinheiro?

Resta saber, então, quem chega no ouvido do Diniz e avisa que com essa forma de jogar, não dá. Com Bruno Silva, não dá. Com Caio de lateral, não dá. Com jogador que não quer jogar como titular absoluto, não dá. Com jogador que não sabe bater pênalti continuando a bater, não dá. Quem se encarrega?

É provável que o Fluminense feche a terceira rodada com zero ponto, quiçá a quarta, já que não ganhamos clássicos. E aí? Tudo certo?

Ah, e ok que fomos prejudicados contra o Goiás. Tudo bem, mas não é desculpa para a derrota. É para ganhar com ou sem gol anulado, com ou sem falta mal marcada, com ou sem VAR.

Até onde vamos com isso que está aí? Se nada mudar, vai dar merda.

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