Miscelânea (por Mauro Jácome)

187 - 23072014 - MiscelâneaArbitragem

Não sou de ficar chorando erros de arbitragem. Aliás, até acho que os árbitros são massacrados por situações que ultrapassam o razoável: pela constante tentativa do jogador em ludibriá-los, pela falta de educação, pela necessidade de se colocar a culpa em alguém nas derrotas, pelo olho eletrônico x olho humano.

No entanto, nos dois últimos jogos, Rodrigo Raposo e Leandro Vuaden cometeram erros que poderiam ser evitados se houvesse interesse. É preciso que o Fluminense crie um contraponto, via imprensa. Nestes tempos em que o que se diz impressiona tanto, ou mais, o que se faz, uma campanha ostensiva criará um dilema na cabeça dos árbitros antes de meterem a mão.

Chiquinho

Definitivamente, não tem condições de substituir o Carlinhos na lateral esquerda. Foi batido inúmeras vezes e, ainda, não apoiou. Por mais de uma vez, um jogador santista conseguiu passar por ele, mesmo sem nenhum espaço. Muito fraco. No máximo, já que está lá, pode entrar nos minutos finais para tentar um contra-ataque e matar o jogo, como fez na vitória de 3 a 0 sobre o Flamengo.

Henrique

Foi um pouco melhor do que na estreia. No entanto, achei-o lento. Um adversário veloz o bate com certa tranquilidade. Mas vamos dar um desconto, afinal, são muitos anos num futebol diferente e com outra preparação física, técnica e tática.

Dunga

Surpreendente. Logo quando o Dunga foi escolhido para técnico da Seleção, em 2006, levei fé. Inclusive, o time apresentou o melhor futebol desde 2002. Foram algumas excelentes atuações e com vitórias importantes sobre fortes adversários. No entanto, não teve controle emocional para administrar tamanha pressão. Exagerou e o elenco absorveu tudo. Além do comando técnico, o cargo na Seleção requer capacidade política, no bom sentido, para tratar diversas situações. Agora, na volta, ciente dos erros, disse que tudo será diferente. Vamos ver.

Futebol brasileiro

Mas o técnico da Seleção é o menor dos problemas. Seleção é o fim da linha de produção, ou seja, o que acontece lá é resultado de inúmeros fatores: clubes, categorias de base, Federações, calendário, estaduais, violência, preços dos ingressos e muitos outros.

Ok. Era preciso de um oba-oba para dar satisfação àqueles que acham que o problema da Seleção era o Felipão e o Fred. Tiram-se eles e pronto. Tudo resolvido. No entanto, o problema, obviamente, não está aí. É muito maior, muito mais complexo.

O PVC, logo após a tragédia contra a Alemanha, disse que o futebol brasileiro precisa de um grande seminário. Perfeito. Inclusive, há tempos defendi isso aqui. O problema é que, para acontecer, é preciso pensar. Aí, complica. Além de mexer com vaidades. Não acredito. Talvez, quem sabe? Quando o Brasil não conseguir se classificar em alguma eliminatória para uma Copa do Mundo.

Panorama Tricolor

@Panoramatri @MauroJacome

Foto:abacas.com.br

IMG_59598426609320

4 Comments

  1. …Fluminense.Infelizmente,nossos juízes têm a personalidade igual a desses babacas que repetem nas redes sociais as baboseiras que lêem ou escutam desses pseudos jornalistas esportivos.
    Meu gato de estimação,tem mais opinião que essa turma de idiotas.
    ST

  2. Mauro,você esqueceu do jogo contra o inter em macaé.
    O árbitro anulou um gol do Valter incrível,que revi dez vezes em vários ângulos e não consegui descobrir o que ele viu.
    Não assinalou um pênalti no sobis,indecente, se você comparar, muito similar ao pênalti marcado para o inter contra o fla,que gerou até a expulsão do atleta que deu o carrinho.
    Concordo com o contraponto,porque os juízes estão apitando os jogos do flu,aterrorizados,em pânico,tal o medo de equivocar-se a favor do…

  3. Seminário é legal, mas sei não, Mauro…, quem a CBF iria trazer para falar de estrutura, planejamento de longo prazo e tática? Cruyff, Beckenbauer, Ferguson, Ancelotti, Lippi, Guardiola, Mourinho, Sampaoli ou iríamos de Zico (by Rede Goebbels), Zagallo, Parreira, Capita, Luxa, Muriçoca, Falcão, Felipão, Dunga, Tite…

    1. Zalu, esse “seminário” teria a participação de vários segmentos: consultores de planejamento e financeiro, imprensa, jogadores, técnicos, poder público, clubes, casos de sucessos internos e externos. Enfim, todo e qualquer setor que, direta e indiretamente, participam do processo chamado futebol. Daí, sairiam propostas para solução das dívidas, reerguimento das categorias de base, calendário, modelos de campeonatos, ou seja, um plano global de modernização do futebol brasileiro.

Comments are closed.