Como posso me emocionar com algo que aconteceu tão antes do meu nascimento? Sinto como se estivesse presente em todos os momentos da história tricolor. Fui amigo de Nelson Rodrigues, estive nas rodas de samba de Cartola, vibrei abraçado a meu pai em sua infância nas arquibancadas do Maracanã.
Quem pode afirmar que eu não estava lá em 1980 quando Edinho marcou de falta contra o Vasco? Ou em 1969, quando Flávio fez de voleio contra o Flamengo naquele Fla-Flu histórico, que dizem ter tido público semelhante à final de 1950?
Sou como um viajante do tempo. Estive em todas as épocas, pois fui levado pelas histórias que me foram contadas em família, pelos vídeos que hoje estão ao alcance dos olhos no Youtube e também por uma memória genética, que me faz ficar emocionado a cada vez que vejo o Fluminense em campo, como se Oscar Cox tivesse frequentado minha casa.
Estive ausente do Maracanã em algumas ocasiões importantes, mesmo já sendo um ser vivo, habitante deste planeta e morador do Rio de Janeiro. Eu era refém das escolhas de meu pai, que me levava aos jogos. O único tricolor da família, além de mim. Assisti pela TV o gol de Renato em 1995, ao gol de Antônio Carlos, em 2005, assim como estive lá quando Deco enganou Fernando Prass com um golaço ou quando Paulo César, o lateral, driblou dois zagueiros rubro-negros antes de chutar no canto e fazer a torcida delirar em um grito que calou o outro lado do Maracanã.
O Estádio Mario Filho, assim como o João Havelange em alguns momentos, foi o palco de diversas alegrias para nós, amantes do futebol. As disputas regionais, que transformam as segundas em um dia tipicamente carioca: banca de jornal, manchetes do clássico de domingo, pessoas diante dos jornais pendurados como carne no açougue. Já sabem o resultado, mas ver registrado traz a certeza de que fora verdade. Vencedores e derrotados lado a lado brincam um com o outro, pagam apostas, bebem juntos, em um clima que existe desde 22 de outubro de 1905, quando Fluminense e Botafogo realizaram o primeiro grande clássico da história do futebol brasileiro.
Querem matar nossas lembranças, mesmo aquelas que não vivemos. Jamais vù! São memórias minhas, que já vieram de tempos passados. Estão marcadas em minhas vísceras. Querem acabar com a magia do campeonato que embalou a paixão de tantos torcedores, não só do Fluminense, desde o nascimento.
Eu vi Paulinho marcar contra o Bangu 85, vi Rivellino humilhar Alcir com um elástico em 1975, vi Assis Carrasco em 83 e 84 assombrar os goleiros urubus. Vi mesmo. Quem irá me negar estas memórias? São minhas e ninguém poderá arrancar.
Querem matar-nos. Apenas querem. O Fluminense é imortal.
#SejaSocioDoFlu
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @nestoxavier
Imagem: Placar
Muito obrigado pelos comentários. Muitos gols antológicos ficaram de fora, infelizmente. Minha memória falhou um pouco hehehe
Grande abraço!
Faltou citar o gol de Lula de pé direito, o show da dupla Manfrinee Dionisio, falto falar de Claudio Adão, Robertinho e o saudoso Zezé, titulos q acomoanhei vibrei e torci pelo meu Flu
O PANORAMA CADA DIA SE SUPERA, COMO É BOM LER ISSO, COMO É BOM SABER QUE NUMA PRÓXIMA POSTAGEM, VIRÁ ASSUNTOS TÃO INTERESSANTE QUANTO ESSE, TBM ONDE O CAST TEM O ANDEL, O CALDEIRA, O RODS E TANTOS OUTROS COM A MESMA COMPETÊNCIA E DIRIGIDOS PELO TBM COMPETENTE NO QUE FAZ CARLOS ALBERTO CALDEIRA, TEM QUE SER SUCESSO PARABÉNS E SUCESSO SE É QUE CABE MAIS!!!