Na quarta-feira fizemos um bom jogo contra o Atlético. Considero um bom jogo tendo como bases o que vejo como possível para essa equipe realizar e, principalmente, o que a maioria da torcida esperava.

É fato que não temos um bom time e que o que temos ainda está em fase de formação. É sabido também que temos muitas carências no elenco, que somente poderão ser sanadas para o ano de 2014. Portanto, o que os jogadores fizeram no último jogo é o que a torcida deles espera.

Nesse restante de ano, pelo menos eu não tenho pretensão de ver o time praticar um futebol com qualidade técnica apurada. Por outro lado, exijo, assim como toda a torcida, que aqueles que estiverem em campo honrem a nossa centenária e mais do que vitoriosa camisa. Mais do que isso, muitos desses jogadores que aí estão deveriam levantar as mãos para os céus em agradecimento ao destino tê-los dado um presente como o de jogar pelo Fluminense.

Não fomos superiores ao adversário, mas não fosse a fragilidade de futebol e de inteligência do Anderson, provavelmente teríamos saído de campo com os três pontos. Fomos muito pouco ao ataque, mas, diferente das partidas anteriores, mostramos alguma consistência no setor defensivo.

Chegamos apenas três vezes no gol adversário, sendo que dessas marcamos duas vezes. Além disso, dois desses três ataques foram proporcionados por falhas da defesa adversária.

No setor defensivo, a impressão que dá é que os três jogadores que deveriam compor a sua base, os dois zagueiros e o câncer, revezam-se a cada partida na função de irritar e desesperar o torcedor. A bola da vez foi o Anderson. Como pode um jogador, além de péssimo tecnicamente, ser tão limitado em termos de inteligência? Não outra explicação senão essa limitação para um jogador fazer uma falta como a que originou o segundo gol adversário, contra um time que tem o Ronaldinho Horroroso Gaúcho. E não satisfeito ele fez outra falta logo depois da primeira na mesma posição. É muita limitação de inteligência!

Falando do segundo gol do adversário, ele teve mais uma participação negativa do Cavalieri. Não pode um goleiro do nível dele ficar parado numa cobrança de falta em que a bola entra no meio do gol.

Acho que Wagner e Rhayner foram bem. Wagner provavelmente fez a sua melhor partida com a nossa camisa. Caiu de produção no segundo tempo, mas também foi prejudicado pela sequência de faltas que sofreu com a complacência do soprador de apito. Rhayner estava jogando bem até o momento da expulsão. Certamente se fosse contra o Atlético o sujeito que estava de amarelo com um apito na boca não teria tomado a atitude de levantar o cartão vermelho. Mas alguém precisa orientar o Rhayner a respeito dessas expulsões bestas. Só nesse campeonato brasileiro já é a segunda, ainda que ele tenha ficado de fora de boa parte do campeonato por contusão.

Rafinha foi outro que agradou. Mesmo jogando fora de posição atendeu bem ao que Vanderlei pretendeu ao escalá-lo e, principalmente, deu boa dinâmica e velocidade na saída de bola e transição para o ataque. Mostrou que é um jogador que foi muito mal aproveitado até agora e que será muito útil ao tricolor.

Carlinhos teve participação diferente da que estamos acostumados. Sabidamente sua principal qualidade é a facilidade de atacar, mas, nesse jogo, pouco foi ao ataque. Sua principal função nessa partida foi fechar o setor defensivo e o fez muito bem, principalmente no segundo tempo.

Amanhã tem mais jogo e, apesar de estarmos mais perto do que nunca da zona de rebaixamento, vejo o restante de 2013 com muito mais confiança do que há uma ou duas semanas atrás. Com essa disposição que o time mostrou, deixando a molecagem das últimas partidas de lado, creio que não teremos problema de nos afastar dos quatro últimos colocados. Nosso time não é bom, mas tem muitos outros clubes com elencos piores que o nosso.

O torcedor amanhã deve aproveitar a promoção que a diretoria está fazendo e empurrar o time. Empurrar o time e não fazer a babaquice que uma das torcidas fez no último jogo. O direito de torcer da forma que quiser, de cada torcedor ou de cada torcida, deve ser respeitado. Ninguém é dono do Fluminense ou da arquibancada. Não tenho dúvida de que o verdadeiro torcedor sabe que o Fluminense é maior do que tudo e do que todos.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MVivone

Foto: www.lancenet.com.br

Neste domingo, 08/09, Paulo-Roberto Andel e João Marcelo Garcez no stand do Fluminense na Bienal do Livro às 15 h.

http://www.editoramultifoco.com.br/literatura-loja-detalhe.php?idLivro=1184&idProduto=1216