Martinelli, o bode expiatório (por Manoel Stone)

Ah Martinelli! Pra que você foi fazer aquele gol? Os ensandecidos haters já estavam babando para despejar todas as frustações que carregam em cima de você. Não se anime não, pois desde o final do jogo seus reis no X não aliviaram e alguns até lamentaram que o gol tenha sido seu.

Parece até que não há saída: jogue bem ou jogue mal, as críticas severas já estão prontas para serem lançadas em todos os veículos de comunicação na web. Não faça mais isso rapaz, não tire dos que te odeiam por motivos aleatórios, injustificados ou o que quer que sejam.

É dureza enfrentar isso, mas se servir de consolo, há sim uma boa parte de tricolores que reconhecem o seu valor, e ficam felizes com tudo de bom que você faz em campo, até por que cada vez que você for bem e/ou fizer boas jogadas quem ganha é o Fluminense, e é isso que importa. Então garoto, seja resiliente, continue jogando seu futebol e, quando der, fazendo seus golzinhos e nos dando as vitórias que tanto nos fazem felizes.

Ponto interessante é a falta de ódio, que sobra contra Martinelli, mas que para outros fica longe, não importa o quanto falhem, errem, cometam os mais grosseiros disparates contra o futebol e passam incólumes no trato da torcida, quantos outros erraram muito e das arquibancadas nada, silêncio sepulcral, come estivesse assistindo um virtuose da arte de jogar bola. É hora de ter um pouco de autocrítica e reavaliar os conceitos (ou pré) que levam a essa diferença brutal de tratamento entre os verdadeiros perebas e quem tem bola para estar em campo com aplicação, luta e muito esforço em benefício do time do Fluminense.

Fato é que a passional torcida tricolor em grande parte não tem critérios palpáveis para escolher a quem demonizar e a quem endeusar, uma parte barulhenta é a que muitas vezes alça enormes barangas à posição de craques e outros, mesmo com bom futebol, são taxados como perebas e servem de desafogo para todas as frustrações causadas pelo resultado ou pelo mau desempenho da equipe. Este é o caminho mais fácil, encontrar um bode expiatório para todos os males é a panaceia para resolver os problemas da equipe, ninguém quer falar de erro na formação de elenco, erros do treinador, Preparação física deficiente, incompetência da direção do clube e todos os males que assolam o Fluminense Football Club.

Assim caminha o Flu, carregando a paixão de seus torcedores e todas as vicissitudes que caracterizam essa magia do futebol e seus torcedores passionais, irracionais em seu misto com os criteriosos e que assistem seu clube jogar com os critérios corretos, sem se levar no embalo de outros, tirando suas próprias conclusões, vendo os jogos com olhos atentos e a mente ligada, usando o raciocínio para emitir suas opiniões e manifestações.

Que venha o San José na quinta, pela Sul americana, e no domingo o Santos.

Que o treinador Renato já tenha conseguido dar uma cara para este time. Chega de mau futebol e consequentemente da possibilidade de não conseguir os resultados que, no final de tudo, importam muito.

Que vença o Fluminense!