Marcão sempre foi um monstro, desde antes de pisar pela primeira vez em Álvaro Chaves.
Hoje é nosso assistente à beira das quatro linhas. Deixou os gramados do Fluminense há quase nove anos, de forma injusta por sinal.
E continua tão ídolo como se estivesse comendo a grama como sempre, marcando em cima, disputando com lealdade cada bola como se fosse a última.
Chegou ao clube no momento mais difícil de toda a nossa história. E foi um dos grandes heróis de uma luta contra um país inteiro, que nos ridicularizava noite e dia em seus jornais.
Depois, foi um valente soldado tricolor. O clube mais vilipendiado fez grandes campanhas nos campeonatos brasileiros de 2000, 2001, 2002 e 2005. Duas semifinais. A bola bateu na trave.
O título centenário de 2002 tem a assinatura de Marcão fazendo gol. O de 2005 também.
Carrasco do Botafogo, até golaço de bicicleta fez.
Em cada partida, um sorriso no rosto, uma camisa suada no peito e uma dedicação difícil de ser esquecida para qualquer um que o tenha visto defender o Fluminense. Foi um digno sucessor de Denilson, o eterno Rei Zulu dos anos 60 e 70.
Amado pela torcida, abraçado por onde passa, aquele mesmo sorriso invencível é a prova mais digna de sua contribuição para o Flu, muito além de títulos: a fidalguia, amigos. A amabilidade. O prazer em defender o Fluminense de verdade, sem frases prontas ou editadas.
Marcão é um dos escudos ambulantes de carne, osso e dignidade que muitas vezes são postos por Deus no caminho das Laranjeiras.
Eu estou feliz porque também sou da sua companhia.
@pauloandel
Imagem: globoesporte
Justíssima homenagem ao Marcão. Entristeci-me demais quando soube que ele não ia mais jogar pelo Fluminense, e me revoltei muito com a diretoria da época. Ele foi um dos ídolos que mais marcaram e não podemos nunca esquecer dele, pois a alma de guerreiro tricolor que se propagou para o time em 2009 nasceu com ele.
Marcão! Alguns ainda insistem em afirmar que foi apenas um jogador esforçado, eles não vêem almas, não conseguem ver o ¨espírito da coisa¨, já tivemos muitos craques que hoje não lembramos porque faltou ¨alma¨, tricolor de verdade é espírita e sabe quando habita num jogador o índio guerreiro que não foge da luta, parabéns Marcão, tua aura é tricolor…
Muito ídolo!