Oswaldinho já foi tarde. Eu o trato assim, no diminutivo, porque é assim que o enxergo: um treinador diminuto, uma personalidade pernóstica.
A sua escolha foi um erro crasso, de quem não entende nada de futebol. Sua ideia de futebol estagnou-se no tempo, há mais de duas décadas. Jamais seria, e apontei isto desde o dia de sua contratação, a pessoa indicada a resgatar o Fluminense das profundezas em que Diniz o enfiou.
Diniz foi uma aposta que, infelizmente, não deu certo. Oswaldinho, no entanto, era a certeza do insucesso.
Além de ter destruído o que seu antecessor fez de bom, não evoluiu no que ele havia fracassado, ou seja, tornou o Fluminense um time pior, mais previsível e sem ambição numa competição em que precisa vencer desesperadamente partida após partida para escapar do rebaixamento.
O episódio com Ganso talvez tenha sido a gota d`água para a diretoria, que procrastinava sua demissão mesmo diante do descalabro em que transformou a equipe. Mas, numa única noite, Oswaldinho se indispõs com o jogador e com a torcida, o que lhe foi fatal.
É bom que se diga que o torcedor tem todo o direito de reclamar do treinador de seu time, ainda que se exalte – sem violência, é claro -, mas este não pode, em hipótese alguma, levantar o dedo – sobretudo o médio – para o torcedor.
Se não perceberam que Oswaldinho não nos levaria a lugar algum, menos mal que os entreveros na partida contra o Santos fizeram Mário e Celso agir. E era preciso, sem essa de esperar até o próximo jogo.
Vamos hoje de Marcão, que fez um bom trabalho quando assumiu na primeira partida decisiva contra o Corinthians pela Sul-Americana. Que o repita, sabedor de que só a vitória interessa.
E que a prensa que os jogadores levaram da torcida sirva apenas para lhes incutir sangue nos olhos, e para que saibam que o Fluminense é time grande, onde jogador que faz corpo mole não tem o direito de vestir o manto Tricolor.
Como dizia Carlos Drummond de Andrade, “perder implica remoção de detritos, começar de novo”. Removemos o detrito, agora é preciso recomeçar, de preferência com uma vitória contra o Grêmio, para que o próximo treinador assuma com tranquilidade para nos tirar deste buraco escavado a várias mãos por dirigentes e treinadores incompetentes.
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