As duas últimas derrotas do Fluminense no Brasileirão (sim, o resultado contra o Vasco não foi nada menos que uma derrota) o tirou da zona de conforto que vinha estabelecendo-se através da boa posição que ocupávamos.
Visivelmente, Marcão começou muito mal nestas primeiras partidas. O que viu-se em campo foi um time anestesiado, insosso, carecendo de um atributo essencial: o desejo pela vitória, ou seja: sangue nos olhos. Foi inadmissível a maneira que os jogadores se portaram após terem feito 1 a 0, recuando como se não estivessem num clássico tão tradicional como Fluminense versus Vasco. Isso tem nome: covardia, como bem analisou o amigo Paulo Rocha em sua última coluna neste PANORAMA. O mesmo foi visto diante do Atlético-GO.
No sábado passado, neste espaço, estimei sorte a Marcão, e disse que confiava nele para essa nova empreitada por vê-lo como uma figura tricolor. Continuo com o mesmo pensamento, porém, isso não lhe garante o posto de técnico evoluído. Talvez, com o tempo, uma experiência num time de menor investimento o faça bem, afinal, capacidade não lhe falta para conseguir este feito.
Disso tudo, podemos tirar uma conclusão: o futuro de Marcão já está em xeque. O que resta, portanto, é ter calma, aguardar e torcer para que o melhor seja feito para o Tricolor das Laranjeiras.
A minha única tristeza, além dos cinco pontos desperdiçados, é ver o sonho da Libertadores ameaçado. Uma mudança repentina de treinador abala a estrutura de qualquer time. O Flu de Odair não era nenhuma maravilha, no entanto, com méritos e erros entrelaçados, permitiu o torcedor tricolor se desvencilhar da maré negativa das últimas temporadas.
Que o Fluminense de Marcão, ou o Fluminense de um possível novo treinador que venha ser contratado, possa ir no caminho das Américas no Campeonato Brasileiro. Temos tempo para consertar as falhas recentes: basta o time querer.
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Neste final de semana, cinquenta anos de um título inesquecível: o Brasileirão de 1970. Como é bom poder comemorar esse triunfo histórico tão importante para a história do clube, que clama por bons ventos ao seu favor. Tomara que as energias daquela conquista incorporem o time daqui por diante, ajudando-o a seguir em frente para reconstruir a campanha que estava sendo feita.