Os leitores deste espaço que me perdoem, mas não vou analisar o pedido de impugnação do Fla-Flu na Justiça Desportiva. No fundo até gostei, mas foi uma medida tomada com motivações eleitoreiras (com uma inesperada e surpreendente ajuda da rede de televisão que detém os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro). Além disso, duvido que ganhemos, já que nosso craque nessa área jurídica não nos representará, está ocupado com sua campanha para presidente e não será chamado, em razão disso, para colaborar.
Falemos sobre o jogo com o São Paulo. Após um primeiro tempo razoável, com direito a uma jogada antológica de Wellington que resultou no nosso gol, perdemos o rumo na etapa final. É bom dizer, ficamos sem dois jogadores importantes (Marco Júnior e Wellington Silva) e os que entraram em seus lugares (Marquinho e Igor Julião) tiveram uma noite mais que lamentável.
A trapalhada protagonizada por Marquinho e Gum (que no primeiro tempo já havia cometido uma lambança que quase resultou em gol dos caras) foi digna de comédia pastelão. Apesar disso, vou absolver Marquinho, por sua raça e entrega, e Gum, de quem conhecemos as limitações. Mas o que dizer do tal de Igor Julião? Horroroso.
O São Paulo virou e ganhou o jogo em cima do Igor Julião. Deitaram e rolaram por aquele setor. Fraquíssimo na defesa e ridículo no apoio. Exemplo: no finalzinho, quando tentávamos pressionar em busca do empate, ele recebeu uma bola de Cícero sozinho na direita e sequer conseguiu matá-la, entregando-a, de tornozelo, a um adversário. É uma ofensa a nós, tricolores, termos que aguentar uma coisa horrorosa dessas vestindo nossa sagrada camisa.
Vou ser-lhes sincero, minha grande raiva nisso tudo não é do treinador e nem mesmo dos supostos jogadores de futebol que habitam nosso elenco – se é que podemos chamá-lo assim. Minha raiva é de quem montou esta bosta de time, quem contratou essas merdas em profusão. Engraçado, o cara responsável por estas “contratações” deu entrevista, outro dia, dizendo que preferiu acertar com o Fluminense que com o Flamengo. Porra, ele deveria ter ido para lá fazer essas porras que somos obrigados a aguentar. E que levasse junto Maranhão, William Matheus, Dudu e outros que o agradem.
Que as urnas tricolores, no final de novembro, corrijam a merda que estão tentando fazer com o Fluminense. Estamos disputando o Campeonato Brasileiro ou a segunda divisão da Eslováquia? Tudo bem, o CT está quase pronto. Mas agradeçam tão somente ao Pedro Antônio, um cara que sequer está querendo associar a sua imagem com as figuras que atualmente comandam os rumos tricolores.
Precisamos pensar grande, precisamos de craques, de títulos. Sou do tempo do Francisco Horta, do Vencer ou Vencer, do tri carioca, do tetra brasileiro. Não desta merda que somos obrigados a engolir atualmente.
Para terminar, fazendo alusão ao primeiro parágrafo: a Globo não tem interesse que seu principal produto caia em descrédito a nível nacional. E também está de olho em, como sempre, monopolizar as câmeras de TV que poderão vir a fazer parte do jogo para acabar com as dúvidas. Passar como bastião da justiça e da verdade absoluta, isso eles são mestres em fazer. Beneficiar o Flamengo em detrimento aos outros do Rio eles conseguem; mas quando se fala em Brasil inteiro, especialmente no que diz respeito ao poderio econômico paulista, o buraco é mais embaixo. Até mesmo para os nefastos mestres da ilusão.
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O trio de arbitragem que protagonizou a lambança do último Fla-Flu foi convidado a apitar na Índia. Arrisco dizer que deve ser para trabalhar nos jogos do time do Zico, o Goa FC, que não ganha de ninguém no campeonato local. Contando com a ajuda da televisão, claro, para redimir qualquer dúvida de última hora. Lá não tem leitura labial.
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Sobre Fórmula 1: o comportamento de Lewis Hamilton com seu celular nos finais de semana de GP tem beirado o ridículo. E mais, mostra que ele está pouco se fodendo para todo mundo. Nas pistas, por sua vez, tem deixado a desejar. Sou fã do cara, mas este ano estou torcendo por Rosberg – que irá se tornar, antes mesmo da corrida de Interlagos, o segundo filho de piloto campeão mundial da F1 a repetir o pai.
Panorama Tricolor
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