Madureira e Fluminense em Macaé.
Seria tão melhor para o futebol que o mando de campo do Madureira fosse respeitado e o jogo fosse em Conselheiro Galvão. Melhor para o futebol, melhor para o campeonato, melhor para os times menores.
Isso sim, Federação, seria algo positivo para o Rio.
Mas é difícil para a atual diretoria pensar o óbvio. Os cartolas de lá só se preocupam com as altíssimas e incoerentes taxas de 10% sobre a bilheteria bruta. Afinal, não podem largar a boquinha.
O Fluminense entrou em campo com Diego Cavalieri; Wellington Silva, Henrique, Marlon e Giovanni; Pierre e Cícero; Danielzinho, Diego Souza e Gustavo Scarpa; Fred.
Nada de muito relevante havia acontecido até os 8 minutos, em que Madureira chegou ao primeiro gol. Em uma saída de bola errada, o lateral direito deles Fillipe, driblou Marlon em velocidade e entrou na área pela diagonal. Ficou na frente do Cavalieri e apenas deslocou o goleiro, fazendo o 1 a 0 no placar.
Pareceu que o Fluminense teve outra opção em relação ao chuveirinho para a área dos últimos jogos: o lançamento longo. Foram diversos a partir do gol sofrido. Chuveirinho e lançamento foram se intercalando nas boas jogadas desperdiçadas pelo tricolor.
Em uma bela entrada em diagonal, Gustavo Scarpa tentou encobrir o goleiro, sem sucesso.
Wellington Silva recebeu um espetacular lançamento aos 16 minutos. Ficou na cara do goleiro e não se sabe se tentou chutar em gol ou cruzar para o Fred. Não fez uma coisa nem outra e perdeu uma excelente oportunidade.
Com 21 minutos, uma subida pela direita, Wellington Silva cruzou para Fred que, desequilibrado, não conseguiu uma boa cabeçada.
Scarpa, em um contra-ataque, tinha Danielzinho pela esquerda e Wellington Silva pela direita, mas tentou surpreender o goleiro adversário. Tentou fazer aquele gol do meio do campo. Aquele que Pelé tentou e nem ele conseguiu.
O Madureira conseguia boas escapadas. Cícero salvou uma boa oportunidade aos 26 minutos. Tinha endereço certo o cruzamento pela esquerda. Foi providencial.
Na entrada da área, Fred fez o pivô. Recebeu a bola de costas para o gol e escorou para o Scarpa, que aos 30 minutos, chutou pra fora.
Mas aí veio João Carlos. Nas costas da nossa zaga, depois de uma bola que cruzou toda a área pelo chão, ele só teve o trabalho de empurrar para o gol. Livre, aos 33 minutos, fez o 2 a 0 para a equipe suburbana.
No minuto seguinte, aos 34, Fred tentou finalizar e foi abafado pela zaga. A bola sobrou para Scarpa, que se livrou de três defensores e rolou para o próprio Fred chutar no alto e fazer o 2 a 1. Com o gol, ele superou Telê e se igualou ao Hércules no posto de terceiro maior artilheiro do Fluminense, com 165 gols.
Aos 39 minutos, uma entrada criminosa do Hernane do Madureira em cima do Wellington Silva. Bola no meio campo, sem perigo algum, ele deu um carrinho por trás. Totalmente desnecessário. E foi expulso com justiça.
Com um jogador a mais e perdendo o jogo, o Fluminense precisava ir pra cima. Aos 42 minutos Eduardo Batista tirou o Pierre e colocou Magno Alves.
Aos 46 minutos, Leandro Chaves cobrou uma falta com grande perigo. E assim acabou o primeiro tempo.
A segunda etapa trouxe Marcos Júnior no lugar do lateral Giovanni. Junto com Fred e Magno Alves, passávamos de um para três atacantes no esquema inicial. Claro que precisávamos virar o placar, mas os já perigosos contra-ataques do Madureira se tornariam ainda mais perigosos.
Aos oito minutos, Cavalieri salvou cara a cara.
Aos dez outra descida perigosa do Madura. Em que dois jogadores entraram livres, mas nossa defesa salvou.
Logo depois foi a nossa vez. Aos 11 minutos, Scarpa cruzou para o Fred que, adiantado, empurrou para as redes. O gol foi o quinto dele no Campeonato Fluminense de Futebol, em três partidas até agora. Artilheiro isolado da competição.
Com o 2 a 2 o jogo ficou aberto. Com o Madureira muito perigoso nos contra golpes.
Até que, aos 23 minutos, um festival de cruzamentos no ataque tricolor. Bola para um lado, bola para outro. E uma bola que encontrou Diego Souza, que escorou para o Fred, que dominou de barriga e empurrou para o gol vazio.
E com a virada de um jogo em que estávamos perdendo de 2 a 0 para 3 a 2, Fred saiu para a entrada de Douglas. Com essa substituição, Diego Souza voltou a jogar mais adiantado, encostando mais nos atacantes.
Ao Fluminense, depois do resultado construído, bastava esperar o tempo passar, mas sem sofrer sustos.
Mas sofreu, aos 39 minutos. Cavalieri teve que sair nos pés no atacante adversário, para impedir um gol certo.
Aos 40 minutos, Cícero arriscou de fora da área. Em um dos poucos chutes de média distância, uma falha do Fluminense na minha opinião. A bola passou perto, a direita do goleiro.
Até que o jogo difícil, que o time lutou muito para transformar em vitória, ficou difícil novamente. Em um cruzamento na entrada da área, nossa defesa não conseguiu marcar e o Madureira conseguiu o gol de empate novamente, aos 44 minutos.
Com o 3 a 3 no placar, precisávamos resolver o jogo nos acréscimos. Com mais quatro minutos, o tempo era curto, mas tentaríamos o gol salvador.
Que não veio. Pelo que as equipes mostraram na partida, o empate foi o mais justo. O Madureira foi um time valente, muito bem acertado na parte tática, melhor que o Fluminense, inclusive. Já o Fluminense tirou o pé depois de ter virado o jogo e acabou punido pela falta de atenção.
E foi isso. Agora é tentar a vitória contra o Tigres.
Panorama Tricolor
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Imagem: lb/pra
E o ano está só começando …
Meu Deus do céu!
Que tristeza…