O duelo de Tricolores, o suburbano e o Principal, foi acontecer lá em Cariacica, no Espírito Santo, em mais um desses jogos ciganos do Campeonato Carioca, que outrora fora o mais importante do Brasil.
A arquibancada estava bonita, com suas cadeiras coloridas, parecendo a logo se uma empresa famosa de materiais de construção da América Latina, a maioria permaneceu assim, desnuda, nos permitindo vê-las pelas imagens da tevê, em vez do punhado de torcedores que se encorajaram a testemunhar mais essa partida do Estadual do errejota.
Mano Menezes fez mudanças em relação ao jogo anterior, no total nove nomes foram diferentes, apenas repetiu Canobbio e Fábio, além de promover a estreia de Renê, seu grande cabo pelo lado esquerdo.
Um jogo insosso na primeira etapa, os jogadores pareciam fugir do sol e concentraram a maior parte das jogadas pelo lado que envergava um corredor de sombra, logo do lado direito do Fluminense, embora a única jogada de quase gol ter acontecido pelo lado esquerdo em uma das boas bolas longas ao Canobbio, a contratação mais cara dos momentos atuais do Fluminense, que chutou em cima do goleiro.
Manoel não decepcionou, levou mais um cartão amarelo, mantendo sua incrível média de sempre levar consigo a advertência da arbitragem.
Na segunda etapa, bem no início, Renato Augusto fez o único esforço com a bola na partida e pediu para sair, não devia estar aguentando o sol quente e deixou o gramado para a entrada de Riquelme, pedido pela torcida desde o início.
Outro pedido pela torcida entrou logo a seguir: Germán Cano, certamente pela velha lembrança do artilheiro em tempo de Libertadores e por ter feito dois gols na rodada anterior.
O jogo seguiu sem criatividade ou intensidade, típico jogo de início de percurso mesmo. Esperamos que Mano Menezes esteja de fato dando ritmo aos jogadores e verificando opções, que haja algo que só ele tenha conseguido enxergar nessa partida.
Se não foram brilhantes, e não foram, ao menos os meninos tentaram algo diferente, Riquelme e Isaque conseguiram criar uma jogada ou outro em meio ao futebol bucólico e burocrático pensado por Mano Menezes. Muitas jogadas pelos lados, muitos cruzamentos, sem ninguém para cabecear ou finalizar.
O meio de campo, gostem ou não, sem Martinelli não consegue fazer conexões, típicas do nosso Brasil continental, quase tudo virou ponte aérea, reduzindo demais as opções do time.
O Madureira nem precisou ser aguerrido, valente, nada, só foi esperando o tempo passar com toda paciência possível.
Algumas coisas podemos concluir, mesmo sendo cedo: Renato Augusto não tem a menor condição de jogar profissionalmente, nem estou falando de alto rendimento, pois isso ele não consegue há alguns anos. O mesmo vale ao Manoel, com agravantes: o @oflumedomina trouxe zagueiros do poderoso futebol peruano a preço de ouro, além de ter em casa jovens que mereciam chances, sobretudo para atuar e desenvolver ao lado de Thiago Silva, que teve atuação discreta também.
Não tem jeito: a persistir esse modus operandi, este ano será nossa vez de sermos juntos pela Taça Rio.
Ao final da partida, Thiago Silva em entrevista reclamou do pouco tempo de preparação para jogar contra o Madureira, dizendo que os pequenos treinam meses antes, enquanto os grandes, por terem calendário mais robusto, não podem se preparar melhor.
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MADUREIRA 0 x0 FLUMINENSE
Campeonato Carioca – 5ª Rodada
Estádio Kleber Andrade – Cariacica-ES
Domingo, 26/01/2024 – 16:00h (Brasília)
Renda: não foi divulgado até o fim desta coluna
Público: não foi divulgado até o fim desta coluna
Arbitragem: João Marcos Gonçalves Fernandes. Assistentes: Victor Augusto Camões de Abreu e Marcelo Araújo Ossimo. Quarto Árbitro: Daniel Elbert de Andrade
Cartões Amarelos: Coutinho 12′, Evandro 18′ (MADUREIRA); Manoel 22′, Guga 42′, Nonato 70′ (FLUMINENSE)
Gols:
MADUREIRA: 31-Mota; 2-Cauã Coutinho (22-Celsinho 62′), 3-Marcão (14-Arthur 58′), 4-Jean e 6-Evandro; 5-Rodrigo Lindoso (15-Matheus Lira 62′), 8-Wagninho, 20-Wallace (13-Marquinho Carioca 85′), 10-Marcelo© e 11-Renato Henrique; 7-Minho (9-Hugo Cabral 62′). Téc.: Daniel Neri. 4-2-3-1
FLUMINENSE: 1-Fábio; 23-Guga (2-Samuel Xavier 73′), 3-Thiago Silva©, 26-Manoel e 6-Renê; 5-Facundo Bernal, 16-Nonato (35-Hércules 73′) e 7-Renato Augusto (28-Riquelme Felipe 53′); 17-Agustín Canobbio (90-Kevin Serna 63′), 37-Isaque e 9-Kauã Elias (14-Germán Cano 63′). Téc.: Mano Menezes. 4-3-3