O que mais me anima nesse renovado Fluminense é que as suas vitórias não têm surgido por acaso, mas construídas à base de obediência tática, estratégia definida e inteligência. Estão aí algumas das virtudes que o novo treinador já conseguiu implantar nos seus comandados.
Há uma outra, contudo, mais psicológica do que técnica e que tem se caracterizado como a mudança mais sintomática dos novos tempos que vive o Tricolor: ao Fluminense não basta ser grande, também tem que parecer grande.
Hoje, por exemplo, contra o Madureira, o jogo tornou-se fácil muito em função dessa nova postura. Fez um a zero, sofre o empate. Não se abateu, continuou insinuante e marcou o gol da virada. Depois, Fred perdeu um pênalti. Novamente a equipe manteve a sua postura ofensiva e em seguida fez o terceiro.
Agindo assim, o Flu desmonta qualquer reação do adversário, porque se impõe e o sobrepuja. É a postura que dez em dez torcedores ansiava ver novamente no Fluminense, um presente de Levir Culpi.
Os desfalques de Osvaldo e Gerson não mudaram o jeito de jogar do time, e isso é importante, porque mostra que há uma estratégia e nomes que podem realizá-la independentemente da condição de titular.
Scarpa e Cícero foram especialíssimos. O primeiro, porque constrói as principais jogadas ofensivas do time peregrinando por todos os espaços do campo. O segundo, porque é utilíssimo onde é escalado. Mais adiantado ou mais recuado, Cícero é um diferencial para essa equipe: cria, faz gols, defende e sai da defesa para o ataque com qualidade.
Fred perdeu um pênalti e perdeu outros gols. Talvez seja a ansiedade natural de quem está há algum tempo sem marcar, mas de forma alguma pode-se dizer que não é importante para o time. Abre espaços, cria jogadas, ajuda atrás.
O melhor é que Levir identificou um problema crônico que afligia o antigo Fluminense: a dependência do artilheiro. Hoje há alternativas, hoje o Flu deixou de ser previsível.
Os laterais portaram-se bem, embora W. Silva seja indubitavelmente mais produtivo do Giovanni, mesmo sendo oficialmente lateral direito.
O Flu tem uma nova cara, a cara de Levir Culpi, mesmo que ainda falte muito – segundo as próprias palavras de Levir – para que esse time atinja um patamar que o agrade. Isso faz parte da cultura do novo treinador, exigir sempre o melhor de seu grupo.
Esse Levir exigente é um alento para o torcedor tricolor, pois significa que podemos esperar uma equipe muito mais eficiente e organizada doravante.
O campeonato brasileiro de avizinha e o nosso comandante já acenou com a necessidade de reforços. Acomodar-se com essa sequência positiva não é para alguém como Levir. A sua visão do futebol não permite. Ele sabe que o campeonato carioca não é parâmetro, e mesmo um eventual título da liga Rio-Sul-Minas não será suficiente para sanar as carências que já foram identificadas e que precisam ser sanadas para que o Flu almeje bem mais do que a mera participação na mais importante competição nacional.
Obrigado, Levir. Hoje dormiremos líderes, merecidamente.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @FFleury
Imagem: ff
ST****
Que diferença para treinador que empata com time de 4ª divisão e declara que “detecta progressos positivos” e está “satisfeito com a situação promissora”!
O Flu entrou com moral de time grande que é e deixou claro que jogaria seu futebol. Ao Madureira coube fazer o que pôde e salvar o que conseguiu. E ainda vai melhorar!
Gostei muito da conferência do Levir depois do jogo.
Ficou claro que a estrela é o Flu e para penalty tem que treinar sério.
E que ninguém reclame de…
Saudações Tricolores. Agora sim está voltando o nosso Fluminense de verdade compacto,jogando garra,a defesa quecera criticada melhorou muito. E como você o Fred errou o pênalti e errou outros gols,nenhum atacante como ele não gosta de ficar sem fazer gols é a pura ansiedade,mas tenho certeza que logo logo o nosso capitão voltará a fazer os gols e com isso ele nos dará muitas alegrias. Saudações Tricolores.