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O Fluminense, hoje, não esconde de ninguém que é um time bem abaixo daquele que quase sofreu o descenso na temporada passada. Mesmo a vitória enxuta sobre o Madureira, não apaga essa impressão; afinal de contas, o Tricolor suburbano dividia com o Flu a pecha de pior do grupo.
O Tricolor fez um primeiro tempo até razoável até marcar o seu gol aos 10’. Já merecia, aliás, porque desenvolvia bem as jogadas pelos dois lados do campo e até então só ele jogava, com muito mais volume de jogo que o Madureira. Foi, portanto, numa jogada de Ayrton, pela esquerda, que o Flu marcou o primeiro, após cruzamento forte para o meio da área, que Marcos Junio empurrou para o gol na raça. Pouco antes, o mesmo Marco Junio havia perdido boa oportunidade após jogada de Robinho. Só que três minutos depois do gol, o tricolor suburbano empatou, após um escanteio decorrente de uma falha na saída de bola de Gilberto. Ninguém subiu e o atleta do Madureira completou de cabeça para o gol vazio. Já no fim, também de escanteio, Pedro desempatou de cabeça, também sem ser importunado.
O segundo tempo começou com o Madureira vindo para cima, impulsionado pela necessidade de reverter o resultado, e com o Flu sem Robinho, que saiu machucado para a entrada de Caio. Uma pena que o Flu não aproveitou melhor o campo livre que teve e a fragilidade do adversário para aumentar o marcador. Teve uma boa chance com Marco Junio, aos
17’, e, após, aos 37’, 38’e 39’, teve boas chances com Jadson, Ayrton e Matheus Alessandro, respectivamente. Foi só.
A vitória, a primeira do ano, deu alento ao Tricolor, que ainda pode classificar-se para a semifinal da Taça Guanabara e tirou um pouco o peso dos ombros de Abel e seus comandados, mas não esconde que o Flu tem um time e um elenco fragilíssimos. Há alguns jogadores que se salvam, como hoje, por exemplo, Ayrton, que fez bela partida, apoiando, marcando e cobrindo, Marco Junio, que fez o gol e ainda finalizou outras três vezes, demonstrando a vontade de sempre e Robinho, que deu um pouco de criatividade ao Flu no primeiro tempo. No banco, se não se considerar Robinho, apenas um jogador pode ser reconhecido como capaz de interferir no resultado de uma partida: Matheus Alessandro. Afora isso, o Flu tem time e elenco que, na média, não são muito diferentes das equipes de segundo escalão que enfrentou até agora na competição.
E isso, todos sabemos, é insuficiente para se almejar qualquer coisa este ano, até mesmo disputar o grupo intermediário do campeonato brasileiro. A situação ainda se agrava com o bloqueio judicial de 30% de todas as receitas do clube, fruto da desídia da catastrófica gestão anterior, acobertada por esta que aí está.
Sem reforços, o Fluminense não pode ir longe. Com o time que tem hoje, permanecer na série A do Brasileiro talvez seja um milagre ainda maior do que aquele que nos livrou do rebaixamento em 2009.
Portanto, não há muito o que dizer. Ou essa Administração entende que precisa priorizar o futebol, ou o Fluminense cairá. E deveria começar enxugando essa turma de executivos que pouco ou nada entende de futebol e substituí-los por gente comprometida com o clube, desapegada e que esteja disposta a se doar para dar ao Flu um time minimamente competitivo, pois, por enquanto, o que temos é um arremedo, incapaz até de disputar com chances o fraquíssimo campeonato carioca.
Panorama Tricolor@
PanoramaTri @FFleury
#JuntosPeloFlu
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