Dia de luta para o Flu (por Paulo-Roberto Andel)

Vamos lá: hoje tem Sul-americana e só a vitória mantém o Fluminense na secundária competição continental. Secundária mesmo, embora seja um título que ainda nos falte. Chega dessa hipocrisia de igualá-la à Libertadores, porque não é: basta ver os critérios de classificação e os objetivos. É o título da Libertadores que dá vaga na Sula? Não. O contrário. Vamos parar com invenções do professor Ludovico.

Fernando Diniz agora comanda o time tricolor. Tudo bem que já fez algumas declarações extraterrestres a respeito do trabalho de seu novo chefe, assim como há muita contestação a seu nome por ter deixado o Flu na zona de rebaixamento em 2019, como se tal situação fosse exclusividade dele. Mas foi bacana ver sua felicidade pela volta.

O pessoal se esquece seletivamente. Alguns poucos momentos de bom futebol apresentados pelo Flu nos últimos anos foram justamente sob o comando de Diniz. Ah, mas isso não ganha jogo. Ok, jogar com três zagueiros e dois volantes, com dois laterais sofríveis, atuando de maneira horrorosa, ganha?

Diniz não era o nome de muita gente. Abel também não era. E se pesquisarmos bem, com exceção da mariolagem eleitoral, Caio Paulista, o próprio Willian, Cris Silva e outros são? Certamente não. Criticar? Sempre. Torcer, idem.

Lembremos que, na Sula, só o primeiro passa. Mesmo vencendo hoje, o Flu precisa golear para ter chances de classificação. Diniz tem que trocar os pneus com o carro andando e, em caso de insucesso, não pode ser apedrejado.

Foi ótimo ter ganho o Carioca depois de nove temporadas – poderiam até ser oito, se Roger Machado não tivesse colocado o Fluminense numa humilhação ímpar na final de 2021. Foi bom, derrotar o grande rival é sempre bom, mas já passou. Acabou. O atual elenco tricolor não foi montado para ganhar o Carioca e sim disputar a Libertadores, justificativa para as contratações de Fábio, Felipe Melo e Willian O Bigode. Sob esse prisma, é claro que fracassamos: a Sul-americana, qualquer time em nono, décimo ou décimo-primeiro no Brasileiro joga. Não estamos lá por mérito, mas por demérito pelo vexame diante do Olimpia.

Enfiado até o nariz em problemas, desmandos e erros grosseiros provocados por sua tresloucada gestão – não fomos nós que torramos 20 milhões no Caio Paulista + Cris Silva, por exemplo – , o Fluminense vai para mais um desafio. Vencer ou vencer, lema do eterno presidente Horta. Fácil não é, mas precisa tentar, e é melhor fazê-lo atacando do que jogar encolhido, humilhado.

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Sobre o vídeo idiota que circulou nas redes com graves acusações a todos os sites e blogs tricolores, o PANORAMA e o CANTINHO já publicaram uma nota conjunta, devidamente assinada e com o que tinha de ser dito.

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Quem tem competência se estabelece. Quem não tem, bosteja em rodapés de colunas e posts.

No mais, aqui não tem espaço para dirigente de estimação.

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Na transmissão de logo mais, teremos uma hora de bate-papo com Paulo Victor, o maior goleiro tricolor dos últimos 40 anos. Às 19:30h, no Facebook e YouTube do PANORAMA e do CANTINHO. Liga lá.

1 Comments

  1. Despencamos do pioneirismo e vanguarda e caímos pra periferia do futebol. Hoje até Fortaleza e Ceará e América MG estão em melhor prateleira que nós. Se nada acontecer, se não houver nada fora da curva, vamos voltar à série C.

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