Existem campeonatos e campeonatos. Cada um com a sua importância. Claro que uma Libertadores ou Mundial são banquetes reais, Campeonato Brasileiro e Sulamericana um bom jantar em restaurante chique e os outros campeonatos meros lanches casuais. Eu poderia dizer que o Campeonato da Primeira Liga seja apenas um aperitivo. Contudo, mesmo um aperitivo tem que ser bem feito e apreciado. Não se deve desdenhar das obrigações.

O que poderia ser um doce sabor de vitória se transformou no gosto amargo da eliminação. Saímos da Primeira Liga de forma melancólica e deprimente. Desculpas existirão, mas o certo é que, seja com time reserva, outras prioridades, o que for, o Fluminense não pode entrar em campo de forma desleixada e sem compromisso. É a tradição da camisa que está em campo e os jogadores tem que ter a obrigação de honrá-la.

O time adversário, por sua vez, entrou em campo ciente do que tinha que fazer. Perante uma equipe mais forte, jogar com vontade, atenção, endurecer o jogo. Deu certo. E nem precisaram de muito, uma vez que o time do Fluminense ofereceu todas as brechas possíveis. Perdemos o jogo, a classificação para a próxima fase e a possibilidade de faturar um dinheiro, tão necessário neste momento.

Não cabe aproveitar-se da situação para criar um clima de instabilidade no clube. Porém, de alguma forma, a luz amarela acendeu. São dois jogos em que o time não mostrou vontade de ganhar. Cabe a diretoria e comissão técnica tomar as atitudes necessárias para reverter a situação. Medidas ruins, como a venda de jogadores por valor aquém do desejado, podem acontecer. É do momento. O que não cabe é esconder a situação e permanecer passivo a alguma situação de perda de controle.

Nem tudo foi ruim. Sornoza voltou a jogar. De maneira discreta, como o esperado. O condicionamento é necessário. No mais, sigo apoiando o time. Não um apoio incondicional e submisso. Que esta desídia não se espalhe pelas próximas rodadas do campeonato brasileiro.

Panorama Tricolor

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Imagem: bit