O Fluminense na lacuna (por Paulo-Roberto Andel)

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Ok, mesmo com a confusão permanente fora das quatro linhas, mesmo com o mar de ódio fabricado por tricolores contra tricolores, mesmo que seja dureza falar de Dodi e outrem, uma coisa é certa: estranho pacas este negócio de não ter Fluminense no final de semana do futebol. Na verdade tem mas não tem: a rodada é esticada até a noite de segunda-feira para esquentar a audiência do Galvabueno Show.

A TV paga, ela manda e decide quem joga quando e onde. Daí, já repararam que nosso Fluzão é o rei dos horários cult no Brasileirão?

Antigamente não tinha muita invenção. Sábado e domingo, cinco da tarde; quarta-feira, nove da noite. Às vezes, tinha sábado às nove também. Coisa dos anos 1980. Depois, inventaram a segunda-feira à noite, qualquer dia à noite, o horário chocho de quatro da tarde (para harmonizar os interesses de São Paulo) e chegamos aos dias atuais, com jogos às sete e meia da noite de domingo (prática antiga em Porto Alegre). Resumindo: jogos pra cacete o tempo inteiro, a Globo escalando conforme as audiências convenientes.

Tudo bem, o inesquecível campeonato de 1995 teve muito Fluminense às oito da noite de segunda, na Band – Januário, Gerson e Pierri na cobertura esportiva. Deliciosas partidas cult nas Laranjeiras, vistas por pouquíssima gente na arquibancada e na TV mesmo. E tome histórias.

Contudo, o Flu anda ausente do chamado horário nobre e, ainda que encerre a rodada vigente, ao não entrar em campo no final de semana dá uma sensação de vazio, de não sei onde está nem sei onde vai parar. Ok, é o campeonato, é a barbaridade que cerca o clube, é a falta de grana, é o ódio pestilento e covarde, mas acima de tudo é o Fluminense. E faz uma falta enorme aos domingos à tarde, mesmo que o horário seja digno do Faustão.

Assim sendo, contemos as horas. Ainda são sete da manhã de sábado.

Panorama Tricolor

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