Francisco Horta
O eterno ex-presidente do Fluminense Francisco Horta esteve internado há alguns dias e teve que passar por um cateterismo, após sofrer um infarto no Rio de Janeiro. Todos nós agora estamos aliviados com a sua melhora, não passou apenas de um susto.
Horta é um ilustre tricolor, apaixonado pelo nosso clube e que não só contribuiu para o Fluminense mas também para o futebol brasileiro, após inventar o troca-troca de jogadores nos anos 1970. Ele fortaleceu o Fluminense, mas também os outros clubes, afim de tornar o futebol mais justo, com cada time tendo seus craques e trocando peças, de forma harmônica e respeitosa. Ele visava o futebol assim, e foi desse jeito que construiu o melhor time da história do Fluminense, bicampeão carioca em 1975-76, e ainda chegou às semifinais dos campeonatos brasileiros nos dois anos.
Em 1975, o Flu parou no Inter (que viria ser o campeão brasileiro) e foi eliminado pelo Corinthians em 1976 em pleno Maracanã (aquele jogo que teve a famosa invasão corinthiana e que no final foi ser decido nas cobranças de pênaltis). A Máquina Tricolor teve seu futebol reconhecido mundialmente, após vencer o torneio de Paris em 1976 e o Teresa Herrera de 1977. O time base era: Renato (Félix); Rubens Galaxe, Carlos Alberto Torres, Edinho e Rodrigues Neto (Marco Antônio); Carlos Alberto Pintinho, Cléber (Paulo César), Dirceu e Rivellino; Gil e Doval. O esquadrão foi comandado por Paulo Emílio (1975) e Mário Travaglini (1976). Um verdadeiro T-I-M-A-Ç-O!
Esse time também fez partidas antológicas, tais como:
1) A inesquecível estreia de Rivellino pelo Fluminense, em 1975, que foi um verdadeiro baile tricolor em pleno carnaval no Maracanã: o “Curió das Laranjeiras” marcou três gols justamente contra o Corinthians.
2) Nos tempos em que o Vasco era o nosso maior freguês, o Fluminense deitava e rolava, principalmente nos tempos da máquina tricolor. No triênio de 1975-76-77, o Fluminense fez quinze jogos contra o rival e venceu seis, empatou quatro e perdeu cinco vezes. Vale destacar que o tricolor venceu duas partidas seguidas por 4 a 1 e também obteve uma vitória marcante por 1 a 0, na qual Rivellino marcou um golaço, num lance que até hoje é enaltecido, conhecido como “elástico”. Além disso, o Fluminense foi campeão carioca de 1976 contra o time de São Januário.
3) A Máquina Tricolor enfrentou o Bayern de München no Maracanã em 1975. O time era alemão era a base da Seleção da Alemanha, campeã do mundo um ano anterior, tendo em seu elenco: Sepp Maier, Schwarzenbeck, Franz Beckenbauer, Kapellmann e Gerd Müller, autor do gol (contra) da vitória tricolor. O Fluminense tinha ninguém menos do que Rivellino, Felix, Marco Antônio e Paulo César Caju, campeões do mundo em 1970. O Flu soube se impor dentro de sua casa e construiu a vitória por 1 a 0, que ficou marcada na história do clube.
Se o Fluminense encantou o Brasil e o mundo com o seu futebol, temos que agradecer muito a Francisco Horta por isso. Citei algumas das grandes vitórias que o Flu construiu nesse curto período, que jamais se apagará da memória dos velhos e apaixonados tricolores e até mesmo dos rivais que são amantes do futebol.
Copa América
Confesso que não estava tão animado com o torneio, devido à atuação inoperante que a Seleção demonstrou contra a Venezuela, apesar da boa vitória por 3 a 0 contra a Bolívia. Mas, depois do chocolate no jogo contra o Peru, as minhas esperanças subiram um pouco. O time jogou bem e precisa manter esse nível.
Caso continue assim, os brasileiros podem sonhar com o título dentro do próprio solo.
Avante, Brasil!
Fluminense
O time do Flu até o momento tem demonstrado raça e determinação em quase todos os jogos do Brasileirão, porém tem sido severamente castigado pelo VAR e também pela sorte, pois, em alguns jogos, a bola parecia que não queria entrar, principalmente no clássico contra o Botafogo, que perdemos mas fomos superiores o tempo todo.
Quando o assunto é arbitragem, nós vimos o Fluminense sendo prejudicado em jogos contra Goiás (logo na primeira rodada, com um gol bizarramente anulado do Fluminense e uma falta inexistente que culminou no gol do esmeraldino), contra o Santos (pênalti não marcado) e o Bahia (pênalti mal marcado contra o Flu). Além disso, nós vimos as péssimas atuações de Airton e Bruno Silva prejudicando o time (contra Athletico-PR e Santos, respectivamente) e Luciano perdendo muitos gols que, se fossem convertidos, poderiam mudar o atual cenário do Flu na tabela.
A maior injustiça até agora no campeonato: o Fluminense jogou muito mais contra o Flamengo e merecia a vitória no Fla-Flu, disputado no dia 9/6. O Fla era pra dar graças a Deus por ter conseguido o empate em 0 a 0.
Melhor partida do ano até agora: Grêmio 4 x 5 Fluminense.
Resumindo, o Tricolor precisa de uma rápida reação e tem o cenário perfeito para isso: dos próximos sete jogos, o Fluminense jogará cinco no Rio (incluindo o clássico contra o Vasco, que será em São Januário). Temos a tabela ao nosso favor, a hora decolar é essa. Pra frente, Fluzão!
Panorama Tricolor
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