Hora de lutar e decidir (por Paulo-Roberto Andel)

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DECISÕES

Supostamente terminada mais uma novelamex das Laranjeiras, o Fluminense volta a mirar nos seus objetivos principais nesta semana: a conquista da Taça Guanabara, o título da Primeira Liga e a disputa da fase final do Campeonato Carioca.

Independentemente dos graus de dificuldade das empreitadas, todos os títulos são importantes: alimentam a paixão dos torcedores em geral, cristalizam nos sonhos dos mais jovens, geram repercussão positiva e podem abrir caminhos financeiros num momento econômico muito ruim – que naturalmente desembarca no futebol também.

Deixando de lado as hipérboles e balangandãs desta semana que terminou, é fato que Levir Culpi mudou completamente a cara do Fluminense. O outrora arrastado e pastoso onze em campo, vindo de fracassos sucessivos temperados com inércia (desconte-se a efêmera passagem pela Copa do Brasil 2015), passou a ser um coletivo dinâmico, pulsante, disposto como há muito não se via, gerando uma sequência de jogos invictos e a possibilidade de conquistar os títulos em disputa. E um dos inegáveis motivos desta mudança de paradigma está na liberdade de escolha do treinador, modificando o time sempre que achar necessário, independentemente de nomes ou status. Se o coach cometeu falhas de precipitação, elas estão abaixo do seu bom começo nas Laranjeiras, mas não deixam de exigir reflexão. Afinal, a jornada é longa e o segundo semestre será bem mais difícil do que o primeiro.

A permanência do atacante Fred, importante por seu histórico de artilheiro, trajetória no clube, esmero técnico e idolatria de boa parte da torcida, é um fator a mais no amálgama tricolor. É desnecessário dizer das suas qualidades como jogador de futebol, assim como dos diversos equívocos que já cometeu. Agora é torcer para que a trajetória não sofra qualquer repercussão de mágoas e rancores, inimigas da vitória e da fé. Que o artilheiro faça da paz de espírito a construção de um novo caminho em campo, onde ainda é o jogador mais importante do Fluminense sem dúvidas, embora longe de ser o único, menos ainda dono do clube.

Seres humanos são falíveis. Só não erra quem mente. Uma das grandes virtudes do homem é voltar atrás, refletir e retificar, seja em que momento ou posição for. Infelizmente é uma lição aprendida pela maioria, enquanto a prioridade é humilhar, ofender e pisar em terceiros pela própria incompetência de dar passos elegantes.

Havendo o bom senso geral em se perceber que o Tricolor não é nem será o exército de um homem só, tanto nas quatro linhas quanto à beira delas, nem nos bastidores, temos então o caminho aberto para as sonhadas conquistas já nesse domingo. Aqui relembro meu amigo Leo Prazeres: “Ídolos, sempre tivemos como todos os times têm, mas a história do Fluminense foi construída com títulos”. O veredito é verdade e dou fé.

No mais, hoje é dia de decisão tricolor em terra amazonense. Um clássico pela frente e, mesmo com a vantagem do empate, o que se espera é o nosso time absolutamente focado na conquista da Taça Guanabara.

HELIO ANDEL

Hoje meu pai faria 75 anos. Ainda muito jovem, veio tentar a vida no Rio de Janeiro, de onde nunca mais saiu. Tricolor fanático, viu dos campeões mundiais de 1952 ao grande time da Libertadores de 2008, cuja trajetória não pode ver por completo em função dos desígnios da vida. Vimos jogos juntos entre 1975 e 1982, o que foi suficiente para eu acompanhar o nosso time para sempre. Mais do que a falta que um filho sente do pai, mesmo que este seja o caminho natural da vida, a dor é perceber que Helio Andel faz parte de um Fluminense que, por diversos motivos, já não está mais entre nós. Ao menos, espera-se que ele prossiga como um coautor espiritual desta coluna. É o caminho.

SAVIOLI

Meu abraço ao cronista de O’Tricolor pela citação em seu sítio. Sobre o assunto das opções políticas, creio que já esteja superado. O PANORAMA já emitiu uma nota muito clara e definitiva sobre o tema.

Agradeço às centenas de manifestações de solidariedade e amizade de tricolores na acepção da palavra, capazes de raciocinar e separar as divergências ideológicas (ou de torcedores eleitorais mesmo) da literatura tricolor que produzo em minhas poucas horas vagas, dado que minha fonte de sustento é outra – ao contrário de alguns que sonham em usar o Fluminense como cabide.

Sobre calúnias e leviandades? “De onde menos se espera é que não vem nada mesmo”, Barão de Itararé.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: rap

pipoqueiro tricolor

1 Comments

  1. Caro Paulo,
    Esperemos que o time hoje jogue com a garra de outros tempos. Tempo idos,nunca esquecidos. E que honre a memoria de seu pai,e de tantos amados tricolores que nao mais estao entre nos.
    Forte abraco, e ST!
    P.s. e que o pais hoje seja uma grande Lapa. No pasaran!

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