Logo mais, um confronto duro pelo campeonato brasileiro.
Mesmo quando monta times limitados, caso de agora e outras vezes, o Criciúma é sempre um osso duro de roer quando joga em seus domínios.
Apenas dois pontos atrás de nós, mas sabedores de que novo insucesso em casa – perderam para o Inter no domingo passado – será uma guilhotina por um fio.
Além do mais, estatística pelo caminho, pode-se dizer que apenas o Náutico está a caminho do adeus à série A. Ponte Preta, já numa situação de claro desconforto – os times de Campinas que sempre fizeram história nos campeonatos e agora estão à míngua – do sexto colocado ao décimo-oitavo, a distância é de apenas oito pontos, digo apenas tendo em vista a quantidade de jogos à frente.
Para se sair bem no confronto de logo mais, o Fluminense vai precisar de inteligência.
Aliar a pegada das últimas apresentações com a noção espacial das coisas.
Caso o Criciúma venha com tudo em termos de velocidade, hipótese plenamente plausível, a marcação implacável deve ser feita o mais longe da nossa intermediária possível. Gum melhorou, foi bem contra a Portuguesa, mas Anderson é Anderson. Outra coisa: num ritmo incessante, o Fluminense deve dosar a velocidade da bola – isso irritará o adversário. Segurando as pontas, aí sim vir com tudo na segunda etapa, onde pode utilizar o talento de Felipe para a armação.
Se for o caso de maior cautela dos catarinenses, também não é nosso caso de sair desesperadamente em busca de resultado. Questão de frieza e calma. Eles jogam em casa, vêm de uma derrota, precisamos de três pontos, mas um não é de todo mau – na verdade, um bloco: quatro pontos no jogo de hoje e do próximo sábado. Três é melhor, claro. Um é bom.
A dezessete jogos do fim do campeonato, o Fluminense ainda tem gás para ficar várias posições acima na tabela de classificação. Não é pior do que vários times posicionados nas primeiras colocações. Ainda paga o preço de um mau momento com algumas derrotas no fim das partidas e o lote de cinco insucessos seguidos que vitimou o querido Abel. Mas dá para recuperar.
Vencer boa parte das partidas em casa, umas seis, seriam dezoito pontos. Somados aos atuas vinte e seis, total de quarenta e quatro.
O restante, para voar longe ou mesmo livrar-se de qualquer mau agouro pré-estabelecido por certas redações, em jogos fora – e dá.
Nove vitórias em dezessete jogos? Cinquenta e três pontos. Nenhuma aberração.
Não dá Libertadores, mas nos coloca com dignidade muito acima de onde queriam nos colocar à caneta. E dá fôlego para a arquitetura de um grande 2014.
O que vier além disso?
Como diria Rogério Skylab, “algo completamente Fluminense”. Portanto, possível.
Panorama Tricolor
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Imagem: abril.com.br
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