No deserto do Serra Dourada – palco de grandes jogos do futebol brasileiro – os tricolores cantando alto -, o Goiás começou o jogo com os ataques mais perigosos. Num deles, Cavalieri fez grande defesa cara a cara, tirando com o pé no melhor estilo Fernandenrique. E o Flu se defendendo bem, mas chutando pouco: um de Edson no meio do gol, um peteleco de Wellington Silva padrão Ciel.

Depois, mais equilíbrio. Mas os verdinhos quase fizeram gol numa cabeçada. Conseguiram num lançamento pela esquerda: Gum não chegou na corrida, Cavalieri hesitou na saída, Erik tocou com categoria. Podia ter piorado no lance seguinte, mas a defesa prensou. Felipe perdeu duas vezes. Alívio. Mas pouco. Giovanni desarmou tudo, mas na hora de passar… e mesmo com os dois armadores, Vinícius e Gerson, a criação foi esquálida. A chance final foi num bom chute de Magno Alves, cortado pela defesa.

Segundo tempo, Lucas Gomes no lugar de Gerson, que parece – PARECE! – já estar com a cabeça na transferência. Antônio Carlos evitou outro gol goiano, recuperando a bobeada de Gum. E o gol do Flu, numa bobeada da defesa, o chute forte de Vinícius para Wagner, em plena condição, desviar e empatar, 1 a 1.

Podia ter dado tudo errado. Cabeçada bizarra para trás, Gum tocou a bola com a mão, pênalti, cartão vermelho. Cavalieri defendeu bem na esquerda e se reabilitou. Henrique em lugar de Magno Alves. O empate passou a ser bom negócio. Empate?

Edson, que um minuto antes, era zagueiro improvisado, virou atacante matador, chutou da marca do pênalti e estabeleceu a reação. O passe para o neoartilheiro foi de Henrique. No futebol, nem sempre é o planejamento ou a estrutura tática que decidem.

O Goiás tentou pressionar, sem grande perigo. Pierre entrou no lugar de Wagner para segurar o resultado. Aos 36, Vinicius se machucou. O Fluminense ficou com nove. Aumentou o drama. Uma homenagem aos 20 anos do gol de barriga.

Primeira vitória fora de casa no Brasileirão, sem Fred e com dois a menos em campo. Pênalti defendido. Uma noite tricolor fantástica, dadas as circunstâncias. Onde foram parar mesmo os admiradores da concepção tática de Ricardo Drubscky? Por enquanto, o Flu briga no topo. É o que TODOS esperamos.

Francis Melo foi só sorrisos.

Panorama Tricolor

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