O Fluminense joga bola, mas a hipocrisia é made in Gávea (por Antonio Gonzalez)

Outra vitória, 4 a 0 fácil demais e, apesar da fragilidade do time adversário, a disposição do Fluminense foi o ponto alto da partida. Taticamente começamos o jogo num 4-1-4-1, com muitas nuances que, por momentos, faziam recordar a Seleção Espanhola, que brilhantemente conquistou a Eurocopa em 2008.

Ontem, nossos laterais abusaram de apresentar o que exige o futebol atual dos jogadores dessa posição.

“A faixa de Capitão sentou bem ao zagueiro Henrique” (by Renato Bandeira).

Com certeza e para a minha surpresa, um feijão com arroz de melhor qualidade, com muito tempero de finas ervas.

Já o Nogueira, no meu caso, há tempos deixou de ser surpresa. Atuação de caráter.

O Orejuela é o caso do que veio como coadjuvante e em pouco tempo se transformou em umas das estrelas da companhia.

Com o Douglas, o Sornoza (que anda sedento por fazer o seu primeiro gol com o nosso manto) e o Scarpa (outro, pela jogada em si, golaço) em forte sintonia, o nosso meio ofensivo perde a graduação máxima (apesar de uma maior aplicação tática na tarde de ontem) pela falta de um conteúdo maior para propor do Wellington, que é um Cafuringa versão século XXI, porém com menos o que oferecer.

Já o Henrique Dourado é um caso à parte… TODOS, em seu dia já maldizemos o futebol do Ceifador. E com razão, tecnicamente é um Fusquinha… Mas a entrega com que esse rapaz disputa os 90 minutos regulamentares é DIGNA de fazer uma arquibancada rever os seus conceitos… contagia e agora faz gol.

O Abel é o Abel, merece uma estátua em vida.

O fato discordante foi o copo de geleia do Osvaldo, que além de perder o pênalti que jamais deveria ter batido, simboliza o que a torcida não quer hoje no Fluminense… sonolento e caro. Se o Abel recuperá-lo para o futebol,serei o primeiro a defini-lo como santo.

Agora são quatro jogos e quatro vitórias… 11 gols a favor, zero contra…

Eu deveria estar muito feliz…

Mas novamente (#ForçaScudi) a segunda-feira, apesar desse sol ‘Bola de fogo’ (by Juliana Brandão), amanheceu para lá de nublada.

O que aconteceu ontem no Engenhão foi uma tragédia. A verdadeira elevação da boçalidade travestida de ser humano.

Um morto e sete feridos… tem arma de fogo na parada… um massacre anunciado com a conivência da FERJ e do Clube de REGATAS do Flamengo.

E que conste, nessas brigas, nesses enfrentamentos não existem santos ou inocentes… entretanto se esses indivíduos querem matar e não se importam em morrer, que procurem as arenas adequadas a se transformar em Coliseu de Roma.

E o pior: a realização da partida foi uma ode à barbárie, onde a mensagem subliminar foi a de que uma vida, de que a vida de um torcedor, vale menos do que um jogo de futebol na televisão.

É preciso que se enquadre as torcidas organizadas do Vasco (por causa da crocodilagem que fizeram na semana passada) e as do Flamengo e Botafogo…

Mas, se não bastasse a pouca vergonha do acontecido, ainda somos obrigados a ver o humor pseudo irônico do Clube de REGATAS do Flamengo, fazendo trocadilhos que ferem o bom senso e os níveis de tolerância da sociedade.

Enquanto a vida me permitir ser lúcido, jamais vou coadunar com quem vive de comer farelos por ser vestimenta própria.

Ora senhores…

Existem muitas formas de espanholização…

Uma delas é a de se tornar torcida única.

O Ministério Público tem que entrar com os dois pés no peito da hipocrisia… é só viajar pelas Redes Sociais… tanto sobre o Caso Scudi, como no TIROTEIO DE ONTEM.

E se não é membro dos órgãos de Segurança pública e privada do estado, quem usa arma é BANDIDO.

E LUGAR DE BANDIDO É NA CADEIA!

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

Imagem: agon

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