Ultimamente, sempre que Cruzeiro e Fluminense se encontram as partidas são emocionantes, bem jogadas, diferente da pasmaceira tradicional dos jogos do futebol brasileiro. Não sei explicar o motivo. Talvez porque nos últimos anos os dois tenham formados excelentes times com a vocação pro ataque. Ou talvez porque, em alguns encontros, alguns jogadores desequilibraram, como nos casos de Petkovic, Lenny e Fred. Não sei, mas é sempre jogão e quase sempre com vitória do Fluminense.

Ontem não foi diferente, ainda que no empate. A torcida do Cruzeiro veio em bom número de Belo Horizonte, empolgada com a campanha que pode levar o time ao quarto título do campeonato brasileiro, o segundo seguido. A torcida do Fluminense, mesmo com a eliminação precoce da Sul-Americana abraçou o time e foi em bom número também. Em torno de vinte mil torcedores assistiram um belo espetáculo.

O Fluminense começou bem com o domínio do jogo. Mas, logo de cara, Cícero na cobertura ao ataque adversário fez um pênalti grosseiro e desnecessário no jogador cruzeirense, num digno lance de artes marciais. Julio Batista converteu.

O Fluminense não se abateu. Continuou procurando o ataque logo empatou. Em jogada de escanteio que terminou com Wagner debaixo da trave cabeceando pro gol. O jogo segui lá e cá. O Cruzeiro levava muito perigo em bolas paradas e cruzamentos pelo alto. A zaga do Fluminense sem o Gum, está muito mal.

O Tricolor consegue então a virada. Fred ganha de Dedé – que fica estirado no chão pedindo falta e toca pra Conca invadir a área livre. O argentino cruza para Cícero escorar rasteiro. Virada por dois a um.

O Flu poderia ainda ter marcado o terceiro. Fred chuta um tirambaço na trave e no rebote a bola sobra limpa para Conca, mas o goleiro Fábio se joga e salva milagrosamente o gol.

O pior é que no contra ataque desse lance, os caras acham o gol de empate. Falta mal marcada do Chiquinho – não foi nada – e cruzamento pra área, Wagner rebate mal rasteiro nos pés de Julio Batista que chuta fraco no cantinho, mas Klever não pega. Empate no finalzinho, e injusto pelo belo primeiro tempo do Fluminense.

O jogo no segundo tempo seguiu na mesma toada, porém com o Cruzeiro melhorando seu jogo. E novamente fez um gol em rebatida errada da zaga. Desta vez de Elivelton. O Fluminense se abateu um pouco, mas logo em seguida foi pra cima. Fred quase escorou um cruzamento rasteiro e Conca debaixo da trave tocou de biquinho um cruzamento para Fábio salvar milagrosamente de novo.

O jogo caminhava para o fim quando Cristóvão resolveu mexer. Sacou Bruno e colocou Kenedy, deslocando Jean para a lateral. A torcida pegou no pé da substituição. Pediu Biro-Biro. Eu mesmo disse que ia embora. Porém, o garoto entrou e logo de cara fez o gol de empate para depois de forma bizarra fazer um sinal de silêncio para a torcida.

Kenedy ainda tentou duas jogadas individuais excelentes onde quase criou oportunidade de gol, mas “fomeou” demais nos dois lances. E o jogo terminou empatado, mesmo. A lamentar os fatos de jogamos melhor e se nosso sistema defensivo não tivesse entregado duas bolas nos pés dos caras teríamos ganho o jogo.

Valeu pela raça, luta e espírito de vitória do nosso time. Jogando assim, a torcida sempre estará ao lado do time como sempre esteve.

Vai começar o segundo turno. Eu tiraria o Elivelton e colocaria o Marlon e tiraria o Diguinho e colocaria o Edson. Meu time tirular seria o de ontem com esses dois jogadores aí. Claro, se o imbroglio com o Cavalieiri (esse negócio no estômago, pra mim, mão existe) for resolvido, o goleiro entra. Na lateral, Deixaria o Chiquinho mesmo ou tentaria o Fernando. Carlinhos não quer nada com nada.
Vamos ver o que nos cabe neste segundo turno.

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Espero que a diretoria aplique uma bela multa no Kenedy. Tudo bem, é garoto, estava pressionado. Mas já é bom começar a aprender cedo.

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Hoje à noite estarei no programa Papo de Arquiba da rádio do Canal Fluminense (procurem o link na internet) comandado pelo sensacional Cláudio Kote.

Panorama Tricolor

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