Depois de um início de estudos dos dois times, o Fluminense foi se soltando e ocupou a intermediária são-paulina, sob o comando de Gustavo Scarpa. O time paulista se fechava e buscava os contra-ataques na velocidade de Cueva. No entanto, os passes errados dos dois lados facilitavam a vida das defesas. Num jogo fechado, de meio-campo, nada como uma jogada ousada, individual, para desmontar um sistema defensivo: aos 29’1ºT, Wellington pegou um rebote na intermediária tricolor, arrancou, costurou, passou por três, driblou Denis e… Pênalti. O próprio camisa 11 bateu e abriu o placar.

Com a vantagem, o Fluminense adotou a estratégia de chamar o São Paulo e partir no contra-ataque, principalmente, com Wellington e Richarlison. Não deu muito certo. O São Paulo foi para a frente e levou perigo ao gol de Júlio César. Não bastasse a pressão, Gum facilitou e deu um passe errado na saída de jogo que quase Cueva empatou. A bola foi na trave.

O Fluminense começou o segundo tempo com lentidão, trocando passes laterais. Ameaçou em duas cobranças de falta: Gustavo Scarpa no travessão e Marquinho para defesa de Denis. O jogo foi ficando perigoso para o Fluminense: recuado e sem conseguir encaixar contra-ataques, o São Paulo foi chegando, forçando pelos lados e levando perigo. Estava na cara que o gol do São Paulo sairia. Gum se atrapalhou com Marquinho e a bola sobrou para o chute de Thiago Mendes: 1 x 1. Falha imperdoável do zagueiro tricolor.

Depois do empate, o Fluminense se perdeu e as chances da virada se sucederam. Depois de uma bola no travessão de Júlio César, a zaga voltou a falhar numa cobrança de escanteio e o São Paulo virou. Já não existia mais Fluminense…

JÚLIO CÉSAR

Fechou bem o ângulo na bola de Cueva aos 39’1ºT. Foi traído pelo desvio no gol de empate. Na virada, sem chances.

WELLINGTON SILVA

O Rei dos passes errados perdeu muitas evoluções da defesa para o ataque. Defensivamente, não teve muito trabalho. Também não se sentiu bem e saiu no intervalo.

IGOR JULIÃO

Levou um baile. Pelo seu lado saíram as jogadas que resultaram na virada.

GUM

Deu um passe errado na saída de bola que quase deu o empate. A sorte que o peruano Cueva mandou na trave. No gol de empate, era para ter despachado para frente, mas tentou fazer a coisa mais idiota do mundo: dar um passe para o lado, só que Marquinho estava no meio do caminho. Falhou também no gol da virada ao perder a disputa aérea. Responsável direto pela derrota.

HENRIQUE

Fazia uma partida tranquila até o São Paulo ganhar o meio-campo. A partir daí, não achou mais os atacantes são-paulinos. No gol da virada, ficou olhando Gum disputar com dois adversários.

GIOVANNI

No primeiro tempo, apresentou-se bem na intermediária do São Paulo para atrair a marcação e livrar Wellington. Defensivamente, os espaços de sempre nas costas. Depois da entrada de David Neres, perdeu todas.

PIERRE

Muita garra e carrinhos. Num dos lances mais duros, acertou o próprio goleiro Júlio César.

DOUGLAS

Entrou para tentar conter a pressão do São Paulo. A situação ficou pior.

CÍCERO

Jogou mais fixo para proteger a defesa dos contra-ataques, deixando o papel de armação para Gustavo Scarpa e Marquinho. No segundo tempo, não conseguiu segurar o meio-campo paulista, nem contribuiu para tirar o time de trás.

GUSTAVO SCARPA

Diferentemente de outros jogos, ficou centralizado na intermediária do São Paulo. Fez bem a distribuição das bolas ofensivas no primeiro tempo. Aos 7’2ºT, bateu uma falta lateral no travessão. Com o domínio do São Paulo, a bola não chegou mais aos seus pés.

MARCOS JUNIOR

Passou mal e saiu cedo de campo.

MARQUINHO

Ainda não está no ritmo dos demais. Só apareceu bem numa cobrança de falta aos 11’2ºT, com Denis colocando para escanteio. No empate, estava no lugar errado, na hora errada.

WELLINGTON

O nome do primeiro tempo. Várias arrancadas e dribles. Levou a defesa são-paulina à loucura. Fez uma jogada de placa, sofreu o pênalti e bater para abrir o placar. Como o Fluminense não jogou no segundo tempo, não produziu.

RICHARLISON

Correu muito, mas apanhou da bola e errou os passes decisivos. Não tem cacife para ser titular.

LEVIR CULPI

A escalação inicial apresentou somente uma alteração em relação ao Fla x Flu: Giovanni entrou no lugar de William Matheus, machucado. Logo no começo, Marcos Junior passou mal e Marquinho foi para o jogo. Era a substituição mais indicada. No intervalo, Wellington Silva ficou nos vestiários e Igor Julião entrou. Aos 23’2ºT, percebendo que o Fluminense tinha perdido o meio-campo e somente com uma substituição por fazer, tinha duas opções: recuperar o poder de marcação ou melhorar a posse de bola e a transição. Optou pela primeira alternativa: tirou Pierre e colocou Douglas. Não fechou os espaços que o adversário explorava, nem melhorou a articulação para levar a bola até o ataque. O que se viu foi um time morto e entregue, que assistiu passivamente à virada.

SÃO PAULO

Estava morto, mas ganhou a vitória de presente de um time sem ambição.

ARBITRAGEM

Sem maiores problemas.

Panorama Tricolor

Imagem: mj