Fluminense sem brilho, mas correto (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, não foi uma grande exibição do Fluminense, mas o time escalado esteve muito próximo do que a maioria da torcida queria.

Odair escalou o trio ofensivo da goleada sobre o Madureira, com Wellington, Marcos Paulo e Evanilson. A diferença foi Nenê fazendo o papel de Yago, que foi fazer dupla de volantes com Hudson.
O time do Botafogo não é bobo. Fechou-se muito bem, congestionando aquela zona de criação pelo meio, onde tentavam se infiltrar nossos atacantes. Ainda criaram uma boa oportunidade no primeiro tempo, mas nós tivemos três ou quatro, com direito a uma bola na trave.
Wellington não estava produzindo e foi substituído no intervalo por Pacheco, que guardou mais posição pelo lado direito, mas também não produziu tanto.
Coube a Gilberto, sempre questionado, fazer a jogada do primeiro gol, cumprindo o protocolo à risca. Drible, bola no fundo e passe rasteiro para trás. Marcos Paulo pega de primeira, de um jeito de quem sabe o que faz, e manda para o barbante.

Os caras já tinham feito pênalti duplo em uma jogada no primeiro tempo, mas o árbitro preferiu assinalar a falta num lance duvidoso. Nenê cobrou bem e fez 2 a 0, liquidando a fatura.

Evanilson fez o terceiro, mas o trio de arbitragem inventou um impedimento absurdo, daqueles de almanaque, pois havia dois ou três jogadores dando condição ao atacante tricolor. Seria o terceiro, mas não precisávamos. A fatura já estava liquidada.

Ganso entrou no lugar de Nenê, reforçando a tese de que Ganso, Miguel e Pacheco são os substitutos naturais para ajustar a estratégia. Além desses, temos Yuri e Henrique.

Nosso elenco está longe de ser ruim, mas é estranho que Miguel não tenha entrado no jogo. Pelo menos nossa escalação teve lógica e o Botafogo teve méritos em nossa dificuldade na primeira etapa.
É bom que estejamos preparados para encarar esse tipo de situação. Nosso ataque já é temido e vamos encarar muitas retrancas ao longo da temporada. O jogo de aproximação entre as linhas ofensivas, que vem ocorrendo, é essencial, mas é preciso que haja inspiração e rigor.

Wellington falhou nos dois critérios, ao contrário da partida do último domingo. Já Yago e Hudson não comprometeram como dupla de volantes, embora o desempenho tenha estado abaixo do esperado.

O caminho é esse. É 4-2-4 com variação para o 3-3-3-1, que parece ser a nossa ideia de transição ofensiva. Tendo isso, tudo se tornará mais fácil, inclusive sabermos quem joga aonde.

O desafio é encontrar as peças certas. Odair está perto disso. É só trabalhar com coerência. Vai carregar para o resto da vida a eliminação precoce da Sul-Americana por erros primários na escalação.

No mais, é acompanhar os próximos jogos, que podem servir, sim, para experiências, mas com peças que ainda não tiveram oportunidades. Se o Flamengão não servir para isso, a única coisa que nos resta é tomá-lo dos anfitriões.

Saudações Tricolores!

Panorama Tricolor

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