Tricolores de sangue grená, aposento hoje minhas palavras sobre a política do Fluminense. Do pouco que falei, procurei tratar dos assuntos que julguei relevantes, tentando, de forma isenta, com a minha visão de torcedor, criticar ou apoiar o que quer que fosse relevante. Nestes poucos meses em que estive imiscuído ao cenário político do clube, já pude me certificar de que não quero mais, provavelmente nunca mais, participar dele. Entendo plenamente que só se pode mudar o que não se quer com a participação direta, mas tenho razões pessoais para crer que a verdadeira democracia ainda está muito distante do clube.
Dito isto, vamos tratar do que é mais importante. Um Fluminense sem Levir, mas com Marcão, está nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro, bizarramente ainda com chances de jogar a pré-Libertadores. Embora tenhamos tomado uma sova do Cruzeiro, o Corinthians tomou uma do São Paulo, o Grêmio tomou uma do Sport e o Furacão tomou uma do Vitória. Todos os que disputam a “última” vaga perderam, até a Ponte Preta. O imponderável parece querer nos empurrar para a América de qualquer jeito. O problema é o ponderável time que temos nas quatro linhas, vide mais um mau resultado como o de ontem no Maracanã.
Arrisco dizer que este Fluminense é um dos piores times que já vi jogar. Jogadores bons em má fase, jogadores ruins mostrando que o critério de contratações permanece péssimo, cheiro de racha entre o grupo, condição física do elenco muito precária… é bastante difícil de acreditar que nosso bravo Marcão vai tirar dessa pedreira um leite de maior qualidade que o de Culpi. Mas, amigos… Fluminense acima de tudo, sempre. Comprei meu ingresso para o jogo desta terça passada e, já que a diretoria se dispôs a cobrar o preço que deveria ser padrão para todos os jogos do campeonato, era hora de atendermos o chamado. Infelizmente o time não correspondeu em campo mais uma vez, empatando em casa com o Atlético-PR.
Ainda restam mais três partidas para o nosso Tricolor. Ponte Preta (f), Figueirense (f) e Internacional (c). Caminho razoável. O Atlético-PR pega Sport (c), Corinthians (f) e Flamengo (c). Se vencerem o Corinthians, teremos problemas, pois o Flamengo certamente não terá mais o que fazer no campeonato e vai facilitar pra eles. O Corinthians enfrenta Inter (c), Atlético-PR (c) e Cruzeiro (f). Nossa sorte é que o jogo contra o Furacão é em casa, e há boa chance de perderem pontos pro Inter, que joga no desespero pra não cair. O Grêmio, além de estar envolvido com a Copa do Brasil, tem em seu caminho América-MG (c), Santa Cruz (f) e Botafogo (c). De longe é o que tem o caminho mais tranquilo e teremos que secá-los bastante.
Já vimos o Fluminense com péssimos esquadrões, acompanhamos jornadas sofríveis e estamos habituados a situações assim. Vá pela camisa, vá pelas cores. Vá pela história, vá pelos valores. Vá pelo hino, pelos ídolos, pelos heróis, pelos títulos, pelas pessoas que trabalharam e trabalham no clube de forma humilde, sem se aproveitarem do Fluminense, mas fazendo seu papel para torná-lo cada vez maior. Não deixe de estar lá nos próximos jogos. E, lá estando, cante, dance, aplauda, vaie, seja torcedor. Não sabemos o futuro, mas cada um de nós é a razão do gigante das Laranjeiras existir. Se não mais existirmos, algum dia provavelmente haverá um shopping em Álvaro Chaves.
– Curtas
Que no ano que vem, seja quem ganhar a eleição, eu não precise ver com a camisa do Flu algumas joias como Henrique Dourado, Willian Matheus, Júlio César, Marquinho, Aquino, Maranhão, Igor Julião, Wellington Silva, Ayrton, Giovanni, Danilinho, Osvaldo… é, a lista é extensa. Espero ver grandes jogadores com a nossa camisa, e que isso nos leve ao protagonismo que sempre nos foi elementar.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: alo
Sábias palavras
Os jogos do Fluminense estão me deixando com o estômago embrulhado
Esse ano joguei a toalha
Saudações Tricolores
Prezado Guilherme, sinto o mesmo que você. Só não joguei a toalha ainda porque, como sabemos, o Fluminense adora o imponderável e o inesperado. ST!