Amigos, amigas, o Fluminense fez um treino de luxo na noite desta quinta-feira no Maracanã. Treino e exibição, diante de um adversário que se revelou um dos mais fracos que vi nos últimos tempos.
Temos pouco a avaliar tática e individualmente. Resta-nos avaliar a qualidade do espetáculo, porque essa é uma característica importante do futebol, embora não a única.
Os dois gols do Everaldo já teriam pagado o ingresso. Um giro espetacular no primeiro gol, um voleio à Fred no segundo, após linda trama, que contou com participação de Nonato e Samuel Xavier.
Aliás, é importante observar a dinâmica desses dois jogadores. Samuel fez um exímio primeiro tempo como lateral que participa da organização do jogo, como se fosse um meia, o que qualifica muito o jogo do Fluminense.
Nonato, por sua vez, foi mais além.
Participou do quinto e maravilhoso gol, em tabela espetacular com Germán Cano, lembrando de bons momentos da temporada de 2022, sobretudo na conquista do Estadual daquele ano.
Se o primeiro tempo foi fácil e Everaldo resolveu, o Fluminense continuou acumulando oportunidades de gols na segunda etapa, que se reproduziam em escala ainda maior na medida em que Renato trocava os jogadores, inclusive o formidável Paulo Henrique Ganso.
Foi um enxoval de gols bonitos, inclusive com dois de Cano, que substituiu Everaldo, sem deixarmos de dar os méritos à atuação sempre intensa e incisiva de Serna, que marcou um dos gols da goleada de 5 a 0 driblando o goleiro, após rebote dado pelo mesmo em arremate de Ganso.
Seria muita desonestidade querer fazer qualquer avaliação do trabalho de Renato com base no jogo de hoje. Seria assim mesmo que depois de dois meses, ainda que estejamos no Brasil, mas é fato que temos um Fluminense que respira em campo, em contraposição a um time que progressivamente se travava com Mano, a quem sequer tive a oportunidade de criticar.
O dado negativo da noite ficou por conta do vôlei. Diante de um Maracanãzinho lotado de tricolores, a formação tricolor protagonizou um vexame, deixando escapar a oportunidade de jogar uma série de semifinal da Superliga.
Não é problema perder para um time altamente qualificado como o Sesi Vôlei Bauru, mas é traumatizante a forma como o fizemos, entregues em quadra durante três sets, após termos vencido o primeiro com autoridade. Desculpem, mas não dá para passar pano para isso. Aqui é Fluminense, o maior campeão até hoje da América do Sul. Isso tem que se refletir em quadra.
Ficamos com o futebol e o que não nos faltará serão jogos e mais jogos ao longo das semanas para entendermos o que diabos é esse Fluminense, que era de Mano, agora é de Renato, mas o clima, pelo menos, me parece promissor. Porém, como futebol é feito de muito mais que isso, prometo voltar a me dedicar a entender esse Fluminense de 2025.
Gostei da personalidade do Leo Jance. É até surpreendente ver um lateral vindo da base como titular entre os profissionais, porque isso é um tabu no Fluminense quando falamos de zagueiros e laterais. Mas eu já estou meio que de saco cheio de falar sobre isso.
Então, vamos aguardar os próximos jogos e trabalhar com calma, sem conclusões precipitadas.
Saudações Tricolores!