Em noite de rodada dupla nas dependências do Maracanã, mais cedo Fluminense x Bauru pela Superliga de vôlei e no horário nobre (pra quem?) o Tricolor em sua segunda partida nesta Sul-americana 2025, contra o fraquíssimo Gualberto Villarroel, que lidera o Bolivianão.
As meninas do Flu até tentaram, mas as garotas de Bauru, que de tietes não têm nada, foram impecáveis e venceram por três sets a um, fechando a série de quartas-de-final em dois a um, acordando as tricolores do sonho de chegarem às semifinais.
Poupando os titulares das últimas rodadas no Maracanã, Renato além de dar minutagem aos banquistas, ainda promoveu a estreia do jovem Léo Jance, garoto da base que já conta com haters de internet, os mesmos que dividem sua existência em se promover em nome do Fluminense e perseguir o Martinelli desde sua estreia pelo time.
A equipe da altitude boliviana que se batizou em homenagem a um militar que tomou o poder na Bolívia, perseguindo opositores e governando com mãos de ferro, não assusta nem Eve, nem Keno, nem Nonato. Um primeiro tempo de gala, com costume de jaquetão para causar boa impressão.
Na primeira etapa, domínio absoluto tricolor, que parecia jogar contra uma equipe sub-angioni qualquer, Keno primeiro, Samuel segundo, entregaram de bandeja a bola para Eve-raldo emular Fred, acertando um chute mortífero da entrada da área e um voleio daqueles que o artilheiro do século XXI anotaria, mesmo caído com elegância.
Os auri-azuis dos Andes até tentaram, voltaram ao segundo tempo com mudanças, mas era o Flu quem continuava a mandar no jogo. Em lance de abafa, Ganso chutou de fora; Serna, que se fazia de morto entre os zagueiros, pegou a sobra, driblou o goleiro e marcou o terceiro.
Com três a zero no placar, Portaluppi fez o que todos os treinadores do Fluminense dos últimos anos se acostumaram a fazer: embutir nas substituições atletas que precisam entrar na boa para curtir uma vitrine.
Baya, Lezcano e Hércules substituíram Ganso, Xavier e Keno, três veteranos que já ajudaram a garantir a vitória fácil sobre a equipe de Oruro. Por fim, Lavega e Cano entraram para as saídas de Serna e Eve. Germán Cano, em seu primeiro toque na bola, também participou da festa: recebeu passe de Bernal e chutou da entrada da área sem chances do arqueiro Poveda.
Poucos minutos depois, de novo ele, após tabelar com passe de calcanhar para Nonato, recebeu de volta e só precisou empurrar para um gol vazio, ampliando a conta para cinco a zero.
O jogo foi totalmente em ritmo de treino e festa, fez lembrar o Águia de Marabá.
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FLUMINENSE 5×0 GUALBERTO VILLARROEL-BOL
Copa Sul-americana – 2ª Rodada (Fase de grupos)
Maracanã – Rio de Janeiro-RJ
Quinta-feira, 10/04/2025 – 21:30 (Brasília)
Renda: R$ 592.642,50
Público: 20.307 pessoas presentes
Arbitragem: Roberto Perez (PER). Auxiliares: Jesus Sanchez (PER) e Enrique Pinto (PER). Quarto Árbitro: Daniel Uretra (PER). VAR: Gabriel Gonzalez (EQU)
Cartões Amarelos: Hércules 81′ (FLUMINENSE); Raúl Becerra 50′ (GV SAN JOSÉ)
Gols: Everaldo 21′ e 44′, Kevin Serna 59′, Germán Cano 73′ e 79′ (FLUMINENSE)
FLUMINENSE: 1-Fábio; 2-Samuel Xavier (77-Paulo Baya 63′), 29-Thiago Santos, 4-Ignácio e 66-Leo Jance; 5-Facundo Bernal; 16-Nonato e 10-Ganso© (18-Ruben Lezcano 63′); 90-Kevin Serna (19-Joaquín Lavega 73′), 11-Keno (35-Hércules 63′) e 9-Everaldo (14-Germán Cano 73′). Téc.: Renato Portaluppi. 4-3-3
GV SAN JOSÉ: 1-Bruno Poveda; 2-Jhoni Ramallo, 27-Ezequiel Michelli (33-Andrés Landa 29′), 5-Augusto Seimandi© e 3-Jaime Villamíl; 15-Sergio Villamíl, 12-Alexis Ribera (55-Diego Vargas 69′) e 11-Joel López Pissano (10-Samuel Galindo 83′); 22-Dico Roca, 16-Fernando Arizmendi (9-Raúl Becerra 46′) e 32-Bruno Vides (30-Fabrício Vásquez 69′). Téc.: Dalcio Giovagnoli. 4-3-3