Ao contrário da lagoa da semana passada, sol e campo seco em Los Lários. Assim, mesmo com o calor infernal, as condições eram para que o jogo fluísse. Um detalhe: esse estádio é um dos mais feios que já vi.
1º TEMPO
E fluiu no começo. Trocas rápidas de passes, movimentação, chegada dos laterais e de Douglas fizeram com que o Fluminense fosse para cima do Bangu. As oportunidades se sucederam.
Aos 4’, Lucas trabalhou pela direita, invadiu, foi ao fundo e rolou para Henrique Dourado só empurrar para as redes. Logo em seguida, o lateral fez jogada semelhante, mas a zaga se antecipou. Aos 12’, Sornoza fez bela jogada na entrada, bateu, mas Márcio defendeu no cantinho. Dois minutos depois, Sonoza foi lançado na esquerda e, em vez de cruzar, rolou para Gustavo Scarpa mandar no alto e fazer 2×0. Nada de diminuir o ritmo. Na volta do tempo técnico, o Fluminense trocou passes na entrada da área, a bola sobrou para Dourado entre os zagueiros, escolher o canto e ampliar.
Com o placar largo com tão poucos minutos, o Fluminense diminuiu a velocidade e optou por toques mais curtos. Também, deu mais espaços e o Bangu avançou quando tinha a bola dominada. Foi assim durante o resto da primeira etapa, sem mais emoções.
2º TEMPO
Nos dez primeiros minutos, o Fluminense forçou pelo lado direito com Gustavo Scarpa, mas não conseguiu concluir contra o gol de Márcio. Depois, trabalhou com mais lentidão e com a marcação mais frouxa. O Bangu cresceu no jogo.
Com a entrada de Osvaldo, o time tricolor passou a ter mais movimentação. Aos 33’, numa correria do atacante pela direita, penetrou na área e foi derrubado. Pênalti. Em vez de Henrique Dourado ou Sornoza cobrarem, deixaram o tal do Osvaldo bater. Claro, perdeu. Nem deu tempo de a torcida vaiá-lo, logo em seguida, fez o quarto numa cobrança de escanteio de Gustavo Scarpa. Foi só isso.
JÚLIO CÉSAR
O maior beneficiado no primeiro tempo: tinha sombra no seu gol. Só foi obrigado a sair da folga aos 41’, para chegar antes de Marcos Vinícius numa bola em profundidade. No segundo tempo teve mais trabalho, inclusive, saiu mal num cruzamento e quase compromete.
LUCAS
Começou com tudo. Foi ao fundo diversas vezes, sempre criando boas oportunidades. Depois dos 3×0, Marcos Vinícius se posicionou nas suas costas, então, Lucas teve que ficar mais preso. Muito boa partida.
NOGUEIRA
Teve trabalho com Loco Abreu, mas levou vantagem. Apesar de novo, tem tranquilidade. Vai se firmando como boa opção.
HENRIQUE
Jogou mais na sobra de Nogueira. Sóbrio, com boas antecipações, foi soberano na zaga. Está mostrando liderança positiva.
LÉO
Começa a ganhar confiança e desenvoltura. Ao contrário dos laterais anteriores, não tem medo de avançar e arriscar. Ainda erra muito, principalmente quando cruza sem olhar a movimentação dos companheiros.
OREJUELA
Tranquilo, responsável pelo passe para o começo da transição, em regra, para Sornoza ou para Gustavo Scarpa. Com uma forte e eficiente organização do meio-campo, teve uma atuação mais discreta.
LUIZ FERNANDO
Entrou para manter o nível do titular. Recuperou o fôlego da marcação à frente da zaga.
DOUGLAS
Revezou com Sornoza no apoio das jogadas mais ofensivas. Foi bem no apoio e concluiu algumas vezes. Perdeu um gol incrível, aos 21’2T, depois de um rebote da trave em chute de Gustavo Scarpa.
OSVALDO
Nenhum técnico esquece esse cara… fez uma boa jogada pela direita, no seu estilo, se é que se pode dizer que tem um, foi derrubado. Não sei onde estava com a cabeça ao deixaram batê-lo. Perdeu. Pouco depois, num escanteio, subiu sozinho e cabeceou para o gol vazio. Menos mal.
SORNOZA
Muita disposição. Correu, organizou, marcou, chutou. Tem muita visão de jogo e, dessa forma, deu de bandeja para Gustavo Scarpa marcar o segundo gol do Fluminense. Ainda falta o seu gol.
GUSTAVO SCARPA
A movimentação e o chute o tornam uma arma fatal. Fez um golaço no primeiro tempo e quase fez outro no segundo, quando a trave salvou a meta banguense.
WELLINGTON SILVA
Inverteu o lado e jogou pela direita no primeiro tempo. Algumas investidas, mas sem levar perigo ao gol do Bangu. Depois do intervalo, voltou para o lado esquerdo. Destoou do resto do time. Não é o mesmo atacante insinuante e ousado de quando chegou ano passado. Se continuar assim, não demora e o Abel o coloca no banco.
MARCOS JUNIOR
Poderia ter criado mais problemas para o Bangu se abrisse mais pelo lado, mas jogou muito curto e, algumas vezes, embolou no meio.
HENRIQUE DOURADO
Ao contrário de jogos anteriores, estava no lugar certo nas bolas dentro da área. Assim, fez dois gols e cumpriu bem seu papel. Cansou e, se tivesse um reserva, teria dado lugar na metade do segundo tempo.
ABEL
Sem Renato Chaves, com uma contusão no joelho, mandou o time titular com Nogueira na zaga. Montou um losango que envolveu o Bangu e tornou o jogo fácil: Orejuela mais atrás, Douglas e Sornoza mais para os lados e Gustavo Scarpa mais à frente. Fez as alterações necessárias e corretas. Vai cumprindo seu papel de técnico e de xerifão à beira do campo.
BANGU
Muito fraco. Anos-luz do Bangu de outrora. É a cara do que se transformou o futebol carioca para os pequenos depois que se transformaram em capital político da FERJ.
…SAINDO DE CAMPO
Mais um bom treino. Quarta a coisa pode ser mais difícil.
Panorama Tricolor
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Imagem: jam