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Jogo de garra, de luta e de camisas fortes em campo. Não reclamem das torcidas: tudo tem sido feito para elas não irem, em nada tendo a ver com a decisão, especialmente a do Flu.
Até o gol do Vasco, o jogo estava rigorosamente igual, ainda que o Fluminense estivesse mais retraído do que de costume. Nos vinte e poucos minutos, os desarmes superaram a rara criatividade, as defesas não tinham tomado conhecimento dos ataques e os goleiros nem tinham se sujado – só Ayrton acertou um chutaço pela esquerda, mas depois avançou pouco. Mas aí o Pikachu fez um jogadaço pela esquerda em cima do Richard, Renato Chaves – nervoso e com cartão – cortou muito mal e Giovanni Augusto encheu o pé, sem chance para JC. Eterna pedra no sapato desde 1993.
Depois do gol, o Fluminense tentou ficar mais perto do gol de Martín, mas a forte marcação vascaína não deu trégua a Sornoza, MJ e Pedro, todos devidamente anuladaços. Outro problema: erros de passes, mais de vinte, especialmente na saída de bola, que batia e voltava. Então surgiu uma jogada padrão do Flu aos 38: passe de Jadson, boa entrada do Gilberto pela esquerda e cruzamento na marca do pênalti para Pedro. O jovem 9 bateu firme, sentou praça na decisão e empatou. Daí até o fim, nos plantamos no ataque mas sem finalizar. Tudo igual, primeiro tempo liquidado e o Flu mais perto da final. Luta intensa de Gilberto e Jadson, firmeza total de Ibañez.
Segundo tempo, méritos totais do Gilberto – um leão que está em todos os setores. Pagando de centroavante, foi trombado pelo Galhardo Mengaum. Sornoza bateu com categoria, a barreira ajudou, a bola beijou o pé da trave direita e entrou. Primeiro gol do equatoriano no campeonato, colocando o Fluminense em ótima situação. E o mesmo Sornoza podia ter liquidado aos 9, livre no contragolpe, encobrindo Martín mas a bola indo para fora. Deu correria, cartão, a chapa esquentou.
Susto aos 19: JC largou mas se recuperou a tempo contra Riascos. O Vasco tentando o ataque de qualquer maneira, deixando a zaga naturalmente exposta para a resposta tricolor. Hora da água, bom demais ver o Abelão vibrando como se fosse o começo da carreira. Ao lado, o velho Leomir de guerra, simbolo de uma era dourada do Flu.
Aos 24, o Vasco empatou com um golaço de Paulinho, chutando de fora da área. Ruim para nós, jogão para quem está de fora, tudo em aberto. Mais à frente, aos 30, Paulão passa a faca em Ayrton. Dava vermelho, dava amarelo, não deu nada além de falta. Na cobrança, Ibañez livre cabeceou à direita de Martín. No lance seguinte, Pedro chutou mascado.
Mais porrada: Erazo nocauteando Sornoza. Bola na direita perto da risca da área. Chute longe do gol. Pablo Dyego e Douglas substituíram Pedro e Sornoza.
Nos minutos finais, o Vasco veio para o abafa, Pablo acertou um belo chute que Martín colocou para fora, Marlon e Gilberto deram bicões sinistros, Júlio César errou soco e acertou saída, Paulinho esbanjou categoria e valeram todos os ingredientes de um jogo de caras valentes – o melhor do Carioca até aqui -, mas o futebol tem suas surpresas e, nos acréscimos, Fabrício acertou um superchute da esquerda, até inesperado, virou o jogo e o Vasco experimentou por um momento o que foi 1995. Reverteu a vantagem e está na final. Mereceu.
Já ganhamos tanta coisa no último minuto e hoje experimentamos o outro lado escuro da lua. Mas o Flu foi digno do começo ao fim, e agora é hora de reforços sérios e honestos para o difícil segundo semestre. Todos estamos tristes, uma pena, mas talvez tenha sido o preço de ter um time tão jovem em campo. Desesperar, jamais.
Onde estiver, o Xuru está feliz. O Catalano também.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @pauloandel
#JuntosPeloFlu
Imagem: rap
Não adianta reclamar. O time é aguerrido, mas é fraco! Os laterais estão bem. Os dois volantes também. Mas não confio ainda no goleiro. Nosso ataque é formado por apenas dois bons reservas (Marco Jr e Pedro) e precisamos urgentemente de pelo menos 2 apoiadores. Falta aquele cara que segura o jogo quando estamos ganhando! Ninguém resiste a 45 min de pressão e assim tomamos 2 gols que nos eliminaram. Uma pena, mas não tem jeito. Para termos um 2o semestre digno, precisamos de reforços já.
É isso
Abel não é gênio
Julho cesar não é Castilho
Rrenato Chaves não é Ricardo Gomes
O que importa agora é o brasileiro
ST