Não estava muito ligado neste jogo. Confesso. Tanto é que nem consultei o horário. Por “default”, considerei 21:30. Não é o horário normal para um clássico, numa quarta-feira? Oito e meia? Como assim? Esses caras inventam.
Vim pelas ruas de Brasília molhada. Como chove nesta terra. O brasiliense é assim: na seca, reclama da falta de água; agora, fica praguejando as chuvas eternas. O rádio ligado. Gol e gol. Vão pro inferno.
Claro que a gente imagina uma goleada histórica. A diferença técnica entre os times é perceptível pelo mais otimista dos torcedores tricolores. À medida que o jogo prossegue, a cabeça entra numa dicotomia louca. Ora, um massacre; ora, uma virada apoteótica.
Aí vem o segundo tempo. A rádio numa babação rubro-negra! De repente, os fatos começam a forçar desculpas. O constrangimento é audível. Apesar de o segundo tempo mostrar realidades diferentes, o primeiro tempo não acabou. Os elogios sobre a atuação no primeiro tempo contaminam o segundo. Para quem ouve futebol há décadas, o som das torcidas ao fundo conta a história do jogo e desmente quem mente. Parece que o Fluminense rasgou o discurso elaborado antes de a bola rolar.
Impedimento, impedimento, pênalti. O terceiro gol esteve na bica de obrigar a reescrita do capítulo final. Não poderia acontecer. Não deveria acontecer. Impossível regravar a cena final. O produto já estava na rua. O produto já estava vendido.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
#credibilidade
…Mauro bom dia (se puder ser…) Ainda bem que eu FIZ QUESTÃO de NÃO escutar o jogo….Preferi me deliciar com a ELIMINAÇÃO do “curintias”. Já estava prevendo exatamente o que você descreveu e que agora pude ver nos lances que o Sportv passou. Como sempre, fomos ROUBADOS…..