Fluminense 2 x 2 Grêmio (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, para um bom entendedor pingo é letra. A arbitragem de Fluminense x Grêmio é uma profusão de pingos e um enxame de letras, que formam uma frase explícita.

Mano se desdobrou em substituições que comprometeram uma vitória fácil, que se converteu em empate indigesto. O que eu coloco em questão é a falta de intervenções do VAR e de detalhismos de quem transmitia o jogo.

Gostaria de ver análises mais minuciosas do lance do primeiro gol do Grêmio. Elas não vieram do VAR e não vieram da transmissão, mesmo que alguns, mais atentos, gostassem de vê-las, mesmo que para dissipar quaisquer dúvidas. A mim, ficou a impressão de que o atacante do Grêmio estava impedido, mas é só uma impressão, que não houve quem a dissuadisse.

É uma impressão, mas é para isso que existe o VAR, não é? Para dissipar impressões e tentar, dentro das suas conhecidas limitações, estabelecer a verdade. Talvez isso coubesse à mídia detentora do direito de transmissão, se é que podemos falar em papel social dessa última.

A minha conclusão, a mesma de quem não tem nenhum constrangimento em apontar erros que favoreçam ao Fluminense, é de que o nosso clube está sendo ostensivamente prejudicado pela arbitragem. Isso não é, de todo, uma questão subjetiva para quem conhece a história do futebol brasileiro.

Nada há de subjetivo no que aconteceu na segunda metade da década de 1990, sem que nada devamos suprimir de nossos próprios (de) méritos. Erros de arbitragem sucessivos contra um mesmo clube não têm nada de subjetivo. Deveriam ser confrontados com objetividade.

Não quero e não posso acusar ninguém, mas indícios e evidências devem ser avaliados por quem quer que seja que reivindique um ambiente competitivo sadio e honesto, que não nos faça regredir a episódios tão tristes da nossa história futebolística.

Não falo, ao fazer tal referência, ao Fluminense, mas ao futebol brasileiro, que não é senhor absoluto das extravagâncias, mas há que se considerar como cada um com elas lida. Já vimos e combatemos coisas absurdas, como o que acontece com o Fluminense esse ano.

O Fluminense foi superior ao Grêmio e merecia a vitória. A minha impressão é a de que foi prejudicado o tempo todo pela arbitragem, mas não houve boa vontade de quem transmitia o jogo de ajudar a esclarecer minhas dúvidas ou mostrar que eu estava errado.

O que se deve evidenciar é que o conjunto da obra é nefasto – vide o desfecho de Atlético GO x Fluminense – e que se deve respeito ao público, que paga ingresso e um sem número de pacotes de transmissão dos jogos. É fácil ser otário quando o prejudicado não é você, mas isso não lhe faz menos otário.

Eu sei qual foi o crime que cometemos em 1995. Qual foi o crime que cometemos agora?

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Mudando de assunto: Fluminense campeão brasileiro Sub-17 em cima do Palmeiras. O mesmo time que conquistou a Copa do Brasil da categoria.

Em campo na noite de hoje, no Maracanã, só Martinelli e Kauã Elias.

E o pessoal publica que aferimos mais de 200 milhões com a tal “Geração dos sonhos”.

Poupem-me de tal desatino jornalístico. Tem clubes no Brasil que conseguem ganhar mais do que isso com um único jogador. E nós estamos celebrando menos com uma geração inteira?

Saudações Tricolores!

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