Fluminense 2 x 1 Goiás (por Paulo-Roberto Andel)

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Era impossível para 99% dos torcedores a presença no Maracanã neste jogo contra o Goiás pela Sul-Americana, por motivos óbvios: colocaram um horário para que ninguém fosse. Mas quem tem 1% de heróis tem público às seis da tarde. Condenado a uma sala branca e deserta, exceto os relatos do Caldeira, captei a voz inigualável do nosso amigo Mazella, uma espécie de Van Morrison dos narradores. Lembrei dos tempos de garoto, o radinho de infalível companheiro. Tudo é rápido demais.

O começo do jogo marcado pelo Goiás mais adiantado e, com isso, o Fluminense com dificuldade para tocar a bola, errando passes, tudo tão estranho que até Fred deu uma canelada na bola. Depois o Flu deu uma pressãozinha, Jean chutou em cima da zaga, o time começou a correr um pouco mais. Poucas chances de gol, até que houve a jogada confusa, no cruzamento da direita, o bico do Edson na boa antecipação e 1 x 0. A resposta imediata foi a bola na trave de Klever, chutada por Erick. Ufa!

Um era pouco. Cabeçada de quem? Edson. Renan, sempre ele, não saiu. Tentou se esticar todo, em vão. Bola na rede outra vez, maníacos cantando,  o Goiás trocou o lateral. Klever fez um defesão. Com o gol vazio, Erick acertou a trave de novo. Susto. O suficiente para o time descer calmo para o intervalo. Mexi no botão e lá estava o velho Rafael de guerra comentando as glórias tricolores da noite até ali.

No segundo tempo? Enquanto eu me desesperava em busca de sinais de internet, apps, vozes de Mazella e Rafael, tudo ia e voltava de um jeito desesperador para um pobre torcedor trabalhador sem disponibilidade para um Maracanã às seis da tarde. Querer ver, ouvir e não poder. O nosso time incendeia os sentidos.

Ao buscar se defender demais, a coisa quase complicou para o Fluminense, sempre rifando a bola desnecessariamente e preso no próprio campo. Mas NÃO complicou. Apenas quase, na tensa batida dos corações tricolores.

Klever foi expulso ao fazer a falta necessária em cima de Erick, Cristóvão tirou Sobis e Fred (mexendo errado), o inacreditável Felipe Garcia fez a maior defesa de toda a sua carreira. E o velho Erick, que já tinha chutado duas na trave, não errou a terceira, de carrinho: 2 x 1, tensão natural no fim do jogo. Que as lições da Copa do Brasil não tenham sido esquecidas. E que o Flu tenha a lucidez em dar um passo firme de cada vez. Não foi uma boa partida mas o resultado veio. Edson sobrou. Wagner, espreitado de esguelha, voltou com Cícero fora.

O resto, Vivone e Walace contam por aqui nesta sexta.

Obrigado ao Vieira pela força no blog do jornal, em distância regulamentar daquele editorzinho cracatoa de Facebook.

Não fui ao Maracanã hoje mas vou a São Paulo domingo, com meu bando de loucos. A estrada nunca termina, feito o amor. Várias coisas acontecem no meu coração.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @pauloandel

Imagem: mvc

1 Comments

  1. Desculpa se os colegas tricolores pensam diferente, mas o Cristóvão tem que ser demitido “para ontem”. Eu achava ele mais um burro dentre tantos, no rol de treinadores brasileiros. Mas, depois desse jogo, já começo até a duvidar que ele seja uma pessoa normal… NEM NAS ÉPOCAS ONDE RENATO GAÚCHO ESTAVA COMO TÉCNICO DO FLU EU VI TANTA BESTEIRA SENDO FEITA SEGUIDAMENTE COMO AGORA. O QUE FORAM AQUELAS SUBSTITUIÇÕES NO SEGUNDO TEMPO?

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