Em outros tempos, esse seria um jogo para coroar uma campanha final de Taça Guanabara, mas hoje essa partida ganhou contornos de drama e ação. Se o Fluminense não vencer, poderá ficar fora das finais do Campeonato Carioca, o que não acontece desde 2017.
Um calor escaldante, mas nada comparável a quem trabalha sob ele em tarefas inglórias e muitas vezes humilhantes, lá se foram vinte e dois marmanjos, mais o trio de arbitragem, correr atrás da bola, como diz quem torce os ‘cornos’ para o futebol.
Deixe me alienar em paz, já não basta a dor de acreditar que estou mudando o mundo quando não desovo um canudinho ou um celofane que envolve uma simples bala na via pública, ou ainda, que estou contribuindo com minha parte, votando certo (ai, ai), para o nosso belo quadro social.
Voltando ao Maraca, uma escalação que vem conseguindo não ser humilhada nas últimas partidas, tenho um enfadonho quatro, dois, três, um, que se afamou por ser o tipo de jogo que visa preencher os setores e variar rapidamente para as fases da partida. A novidade hoje é o novo uniforme, que custa um terço de um salário mínimo brasileiro, que obriga quase metade da população a sobreviver quase na linha da miséria.
Mal a partida começou e os torcedores conseguiam achar um meio de não ficar em sauna no estádio, Germán cano recebeu de Jhon Arias e abriu o placar, menos de um minuto de jogo, para alegria e alívio tricolor.
As equipes jogavam em ritmo de treino, dado o calor, o Fluminense pareceu mais preocupado em reforçar seu sistema com cinco meias, vez ou outra, defensivamente, espalmava um quatro, um, quatro, um, ora Martinelli, ora Hércules fazia o homem forte à frente da defesa.
Arias circulava de um lado para o outro, quase como um pêndulo, auxiliava a saída de bola e chegava para construir os parcos ataques nesta primeira etapa.
Aos trinta e nove minutos, Fuentes distribui para Arias que fez outra assistência, desta vez para Canobbio, que baixou a cabeça, deu dois tratos na bola e chutou, a bola tocou a trave e deitou no fundo da rede, aumentando a fatura para dois a zero.
Na segunda etapa, o Fluminense começou bem lento, querendo administrar o tempo e o resultado, enquanto os Laranjas fizeram três mexidas e subiram a marcação, causando mais dificuldade à saída de bola tricolor.
O Fluminense perseguiu o terceiro gol até o final, pois esta diferença o faria ultrapassar o Vasco na classificação, figurando no G4 pela primeira vez na competição.
Este jogo configurou como o de número duzentos de Jhon Arias, o único fora de série deste elenco atual e que ainda está no auge físico e técnico, bem como na idade ideal para performar em alto rendimento. Ele quase fez seu gol no final, o que seria um triunfo merecido por tanto empenho e dedicação.
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FLUMINENSE 2 x 0 NOVA IGUAÇU
Campeonato Carioca – 10ª Rodada
Maracanã – Rio de Janeiro-RJ
Domingo, 16/02/2025 – 16:00h (Brasília)
Renda:
Público:
Arbitragem: Yuri Elino Ferreira da Cruz. Assistentes: Thiago Henrique Neto Correa Farinha e Thayse Marques Fonseca. Quarto Árbitro: Pedro Goulart Martins
Cartões Amarelos: Guga 62’ (FLUMINENSE); Igor Guilherme 62’, Igor Lemos 84’ (NOVA IGUAÇU)
Gols: Germán Cano 1’, Agustín Canobbio 39’ (FLUMINENSE)
FLUMINENSE: 1-Fábio©; 23-Guga; 4-Ignácio, 22-Juan Freytes e 12-Gabriel Fuentes; 8-Martinelli (16-Nonato 80’), 35-Hércules (5-Facundo Bernal 54’), 17-Agustín Canobbio (90-Kevin Serna 71’), 28-Riquelme Felipe (45-Lima 54’) e 21-Jhon Arias; 14-Germán Cano (11-Keno 71’). Téc.: Mano Menezes. 4-2-3-1
NOVA IGUAÇU: 1-Lucas Maticolli; 4-Guilherme, 2-Gabriel Pinheiro© (13-Matheus Matias 78’), 6-Sidney e 3-Mateus Müller; 5-Fernandinho (15-Igor Guilherme 46’), 8-Jorge Pedra (20-João Lucas 67’) e 10-Lucas Cruz; 7-Xandinho, 11-Caio Hones (18-Igor Lemos 46’) e 9-Antônio (22-Kennyd 46’). Téc.: Carlos Vitor. 4-3-3