Fluminense, 122 anos (por Daniel Morales)

Para essa crônica de 122 anos do Fluminense Football Club, vou fazer um pouco diferente.

Abordarei um pouco a minha relação de amor e orgulho de ser tricolor, um amor que passou do meu pai e que levo comigo desde os três anos de idade. De lá para cá, são 22 anos de tricolor e acompanhando o Fluminense, mesmo, vendo boa parte dos jogos, são 18 anos, quando através da Copa do Mundo de 2006 enfim me interessei pelo futebol.

Digamos que meu inicio de trajetória como tricolor não foi nada fácil; de cara, uma luta contra o rebaixamento naquele ano de 2006. Mas vieram os bons anos, primeiro a Copa do Brasil de 2007, titulo fundamental para recuperação do clube no cenário nacional.

Após a dor do vice da Libertadores de 2008, a arrancada épica de 2009 para fugir do rebaixamento e a redenção no dia 5 de dezembro de 2010, o tricampeonato brasileiro. Muricy Ramalho, Dario Conca e Emerson Sheik, tirando o Tricolor de uma fila de 26 anos!

Os anos se passaram, vieram gestões que destruíram o clube e ser tricolor não era nada fácil. Porém, como está no título do mais novo livro lançado por nós do Panorama Tricolor e Cantinho do Laranjal, “Nunca fomos tão tricolores” eu nunca fui tanto tricolor nos anos de vacas magras. Não era nada racional ir em jogos para ver times horríveis, cheio de jogadores que só coisas do futebol brasileiro explicam ter conseguido chegar a um grande clube.

Eu lembro de ir nos jogos com meus amigos Nathan e Carlos Eduardo, que chamamos carinhosamente de Cadu, que achávamos o time de 2018 muito bom, que jogador tal jogava de terno, sei lá quem é seleção, bem não falarei o nome dos jogadores para prevenir de problemas, mas a verdade é que o time era horroroso. Não à toa brigou para não cair e só chegou na semifinal da Sul-americana daquele ano, por causa do peso da camisa.

Além disso, mesmo nas fases ruins meu presente de aniversário sempre era uma camisa do Fluminense, e de Natal também. Por sinal, quer me agradar é me dar algo do Fluminense.

Em 2019, graças ao meu pai, em dos melhores anos da história do nosso principal rival, com alguns conhecidos pulando o muro, eu resolvi fortalecer minha aliança com o Fluminense e virei sócio torcedor, reaalizando um sonho que tinha desde pequeno.

Os tempos melhoraram, o Fluminense voltou a ser campeão, bicampeão carioca em cima daquele rival e enfim campeão da América do Sul, conquistando a Libertadores em 2023 e a Recopa em 2024. O Fluminense se tornou o maior campeão internacional no Maracanã.

Em 2023 também, foi o ano que entrei no Panorama Tricolor, e encontrei pessoas que assim como eu enxergam esse clube como o maior do mundo. E brigam, discutem, escrevem e debatem por um Fluminense que seja e principalmente se comporte como gigantesco clube que é.

Hoje tenho 25 anos, já se passaram 18 desde a primeira vez que parei para ver um jogo do Fluminense pela primeira vez e 22 anos de quando me tornei tricolor. E como sempre foi, o Fluminense pode estar na situação que for, mas sempre que visto a camisa tricolor sinto um orgulho enorme. A camisa do Fluminense tem uma simbologia enorme pra mim.

Me remete a uns tempos que eu era mais jovem, até quando era criança e tudo que eu queria ganhar de presente de natal e aniversário era uma camisa do Fluminense. Hoje não mudou muita coisa.

Dizem que o amor é algo que se renova a cada ano. E é assim meu amor pelo Fluminense. A alegria de ganhar uma camisa é a mesma de quando era mais jovem, a ansiedade para ir no Maracanã é a mesma da primeira vez e meu coração sempre bate de forma diferente quando passo com meu pai, de carro, pelo Estádio das Laranjeiras.

Neste 21 de julho de 2024, o Fluminense completa 122 anos. E independentemente de quem esteja comandando o clube e da fase, sempre estaremos aqui para defender as três cores que traduzem tradição.

Feliz aniversário, meu Fluzão!

Saudações tricolores!