Vou começar esse texto com uma frase que vem toda vez quando olho a camisa do Fluminense: eu odiaria não ser Fluminense sendo de um lugar que exista o Fluminense. Digo isso porque não existe outro clube, outras cores e outro escudo que combine mais comigo do que o escudo e a camisa do Fluminense Football Club. Assim como o Fluminense, eu já fui dado como morto em algumas vezes na minha vida, no meu caso quando ainda era muito pequeno, nos primeiros meses de vida.
O Fluminense que deram como morto no final dos anos 1990 e que renasceu como uma fênix, traduz muito bem aquela frase do Nelson Rodrigues: “O Fluminense nasceu com a vocação da eternidade… tudo pode passar… só o Tricolor não passara jamais”.
O Fluminense é muito mais que um clube de futebol: é a história viva do esporte brasileiro sendo representado em um clube. Pois foi em Laranjeiras que o futebol se tornou uma paixão e se tornou o principal esporte do estado do Rio de Janeiro, foi no Fluminense que a seleção mais vitoriosa da história conquistou seu primeiro título e foi no Fluminense que surgiram as primeiras medalhas olímpicas do Brasil.
Ser Fluminense é ter identidade. Ainda mais vivendo em um país onde a imprensa, por todos os lados, tenta de qualquer forma bajular e enaltecer apenas um clube, ser Fluminense virou uma grande forma de resistência.
Claro, ser torcedor do Fluminense nos últimos anos não tem sido nada fácil. Ver o clube que amamos ser tão mal administrado e tentar manter o otimismo por um futuro melhor para o clube às vezes se torna uma tarefa árdua e, em momentos, desanimadora. Porém eles passam, o Fluminense fica e com ele sempre estará sua torcida.
Ao Fluminense Football Club, o clube de meus amores, além de feliz aniversário, muito obrigado. Obrigado por ter dado um sentido na minha vida, obrigado por me emocionar a cada gol, vitória e até nas derrotas. Obrigado por existir por que eu não sei como seria minha vida sem você, na verdade até tenho uma ideia e seria extremamente sem graça. Obrigado pelas conquistas, pelos jogos memoráveis, pelas amizades que me proporcionou e por todos os momentos vividos. E que apesar dos pesares, que venham muitos e muitos anos, de vitórias e conquistas.
De Oscar Cox, passando por ídolos como Oswaldo Gomes, Telê, Castilho, Carlos Alberto Torres, Rivellino, Edinho, Romerito, Conca, Fred e chegando aos dias atuais com Germán Cano, André e Arias. Que o Fluminense Football Club sempre seja enorme e quem esteja nele seja jogadores ou dirigentes, tenham a noção do tamanho desse clube. Feliz 121 anos, meu Fluzão!