Terceira rodada do Carioca e o Fluminense ainda fazendo de conta que pode jogar à brinca, sacaneando o torcedor mais fanático que precisa deste encontro com seu time para manter seu passageiro sombrio afastado.
Mas não tem como, basta ver o escrete, do um ao onze, mesmo essas numerações fixas não serem mais usadas, pois agora temos um quarenta e sete, um setenta e sete, noventa e oito, isso para início de conversa.
Na escalação da vez, promoveram a estreia de Canobbio e, em vez de darem um descanso ao militante Paulo Baya, foi Riquelme Felipe quem pagou o pato, indo para o banco.
Outra aparição animalesca foi a de Victor Hugo, jogador que foi tomado por empréstimo ainda no ano passado, depois rebaixado ao Sub-Angioni, de quem se prometera devolver aos seus senhorios lá do Paraná, mas o gajo entrou improvisado de lateral direita para tirar vaga de algum outro jovem da base.
Um primeiro tempo de indolência e sonolência, quase não consegui pregar os olhos no receptor de sinal digital que traduz em imagens as ondas vindas lá de Bangu, pertinho de Gericinó, para onde deveriam ir os que armaram essa equipe.
O Maricá, que iniciou a rodada na liderança, foi dentro de sua proposta e limitação, mais efetivo do que o Fluminense na etapa inicial, poderia até ter chegado ao seu gol, não fossem ócios do ofício.
A torcida ficou na bronca com Marcão e sua escalação de papel de pão ou guardanapo, passada a ele durante encontros e desencontros.
Na segunda etapa, embora a equipe tivesse decepcionado mesmo ao mais leigo e otimista torcedor, passando pelos adoradores de pavão, o treinador interino e permanente, mandou a mesma escalação ao campo de jogo.
O Fluminense forçou um bocado e poderia ter aberto o placar, com Canobbio e Nonato, mas eles foram mais lentos e displicentes que os defensores em suas oportunidades.
Aos vinte e sete minutos, Denilson, que é uma dúzia de vezes melhor que Baya (e a Doida), arrancou pela direita, levou todo o sistema defensivo do Fluminense no pífano, enfiou o pé no chinelo e tocou na saída do goleiro para fazer Maricá um a zero no lanterna Fluminense.
O Fluminense foi para o abafa, principalmente após a entrada de Riquelme, pedido desde antes do início da partida pela torcida, após chances e mais chances perdidas, o vinte e oito tricolor sofreu pênalti, já no apagar das luzes.
Dida, o goleiro que até ali garantia o revés do Fluminense, não defendeu a cobrança com paradinha em dose dupla de Kauã Elias, reduzindo a vergonha da equipe escalada por Marcão e companhia ilimitada.
Mais uma partida pífia do Fluminense que parece não ter levado a sério o que foi o ano de 2024, na saída de campo, os moleques de Xerém foram pegos pelo gasnete para falar na televisão: a mentalidade de time pequeno parece fazer parte do cotidiano, pois o empate parece ter ficado de bom tamanho.
##########
FLUMINENSE 1 x 1 MARICÁ
Campeonato Carioca – 3ª Rodada
Estádio Proletário Guilherme da Silveira (Moça Bonita) – Rio de Janeiro-RJ
Sábado, 18/01/2024 – 19:00h (Brasília)
Renda: R$ 64.618,00
Público: 3.134 pessoas presentes
Arbitragem: Thiago da Silva Ludugério. Assistentes: Hugo Filemon Soares Pinto e Juan Motta Cidri. Quarto Árbitro: Raphael Cruz Ramos
Cartões Amarelos: Rafael Monteiro 40′, Agustín Canobbio 45’+1′, Ignácio 55′ (FLUMINENSE); João Vitor 44′, Jefferson 62′, Gutemberg 66′, Vinicius Matheus 70′, Bruninho 90’+8′ (MARICÁ)
Gols: Kauã Elias 90’+6′ (FLUMINENSE); Denilson 72′ (MARICÁ)
FLUMINENSE: 98-Vitor Eudes; 20-Victor Hugo, 4-Ignácio, 22-Freytes e 47-Rafael Monteiro (53-Esquerdinha 77′); 55-Wallace Davi (48-Marlon 87′), 8-Nonato© e 37-Isaque; 77-Paulo Baya (70-Luan Brito 77′), 17-Agustín Canobbio (28-Riquelme Felipe 60′) e 9-Kauã Elias. Téc.: Marcão. 4-3-3
MARICÁ: 1-Dida; 2-Magno Nunes, 3-Mizael, 4-Sandro (15-Felipe Carvalho 31′) e 6-João Victor; 5-Vinicius Matheus, 8-Bezerro, 7-Gutemberg (17-Bruninho 66′), 11-Denilson e 10-Hugo Borges (18-Walber 80′) e 9-Jefferson (20-Matías Roskopf 66′). Téc.: Reinaldo. 4-3-3