Fluminense 1 x 1 Internacional (por Marcelo Savioli)

NUNCA FOMOS TÃO TRICOLORES – DOWNLOAD GRATUITO.

Amigos, amigas, como dizia meu pai, quanto mais eu rezo, mais assombração me aparece.
Olhando a escalação do Fluminense antes do jogo, a primeira impressão que tive foi de coerência.

Que bom! Coerência era um valor em extinção nas escalações tricolores desde que começou a atual temporada.

A zaga com Antônio Carlos e Thiago Santos foi – pasmem – o melhor que se viu nos últimos tempos. Se vocês acham que é para chorar, foi o que de melhor tivemos no jogo da noite de hoje, na derrota de 1 a 1 para o Internacional, que nos deixou não só na lanterna, mas a quatro pontos do 19º colocado.

Mano realizou o meu sonho de ver um meio de campo com André, Martinelli, Ganso e Alexsander, mas até os sonhos percorrem caminhos tortuosos.

André e Ganso foram os que estiveram mais próximos de algo muito distante do melhor que são – ou foram – capazes de fazer. Faltava entorno para esse meio de campo funcionar.
Keno foi o nosso jogador mais perigoso durante toda a partida, mas isso aconteceu sem que o acabamento de nenhuma jogada fosse satisfatório.

Daí que levamos 90 minutos para produzirmos uma bola na trave, um gol e mais nenhuma jogada. O que não é difícil de explicar quando as nossas substituições trazem a campo Douglas Costa e Renato Augusto.

Se alguém esperava uma virada de chave a partir das escolhas de Mano, o jogo de hoje foi broxante. Até porque, o elenco construído pelos nosso visionários dirigentes é esse mesmo, em que juventude é uma abominação. Um elenco formado com refugos de alta patente, idade avançada, salários altos e nenhuma produtividade.

Há quem diga que devemos ter paciência para esperar a adaptação do time às novas ideias, mas que time? Que elenco? Esse? Esse elenco de veteranos e refugos?

O problema era o modelo de jogo do Diniz, o mesmo que nos levou à conquista da Libertadores com sete veteranos e um futebol sofrível, que muita gente ainda não entendeu que era sofrível.

Pois agora o que nos resta é entrarmos na briga contra o rebaixamento no Brasileiro, nosso incrível único desafio para o momento. Porque até agora não entramos nessa briga. Ao contrário, nossa briga é para sermos o pior lanterna de todos os tempos. Acredito que já tenhamos, até pelo menos o presente momento, conseguido.

Algo muito mais profundo do que mudar treinadores precisa acontecer no Fluminense para podermos sonhar com a permanência na Série A. Algo que infelizmente não parece viável. Foi o que mostrou o jogo de hoje. É o que vem mostrando nossa trajetória desde o ano passado, apesar da milagrosa conquista da Libertadores.

Árvore ruim não dá bons frutos, exceto seja essa árvore o Fluminense, mas mesmo essa força da natureza tem seus limites. Uma hora a casa cai.

A casa está caindo e o arquiteto coloca a culpa no chefe de pedreiros, quando o problema é o projeto arquitetônico e o projeto executivo, que me perdoem os arquitetos e engenheiros pela analogia.
Mas ainda dizem que o cliente pode evitar a queda se bater palmas e rezar para o teto não desabar em sua cabeça.

Que Mano consiga, eu torço muito, porque é pelo que ainda resta torcer. Eu não consigo mais. Eu já falei demais. Só resta analisar passivamente e contar essa história insidiosa.

Saudações Tricolores!

1 Comments

  1. Primeiramente, importante sempre reforçar que o principal culpado pela situação do time em 2024 tem nome e sobrenome: MÁRIO BITTENCOURT.

    Contudo, faz alguns meses que fico inquieto ao ver o péssimo estado da preparação física dos jogadores, independentemente da idade, embora fique mais ressaltado nos mais velhos.

    Como o departamento de futebol não conseguiu perceber que a avaliação física dos jogadores é DEPLORÁVEL? Não é possível que os aparelhos e sistemas de análise não acuse isso na grande maioria dos atletas. Será que não acompanham a evolução do futebol, em que um time mais físico engole um time mais técnico, ainda mais no estilo de jogo do Diniz?

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