Com amplo domínio territorial, o Fluminense buscou o gol logo no início. Ganso distribuía passes longos e precisos. Após os 10’, com uma marcação agressiva, o Fluminense recuperava a bola e criava boas oportunidades. Mas o gol não saía. Depois dos 30’, a desconcentração permitiu ao Ceará chegar com perigo ao gol de Agenor. Nesse período de jogo, havia grande espaço entre as linhas, facilitando a marcação cearense em quem detinha a posse de bola. Foram 10’ de desestabilização. Aos 40’, numa cobrança de escanteio, Pedro pegou o rebote e abriu o placar. Quando parecia que o futebol tricolor deslancharia, a zaga e Agenor viram Tiago Alves, de bicicleta, empatar o jogo.
O começo do segundo tempo não foi bom: ansiedade, passes errados, linhas distantes, espaços entre as duas intermediárias. A bola batia na linha defensiva do Ceará, que tinha avenidas para o contra-ataque. Com a ajuda do VAR, o gol da virada cearense foi anulado. A situação foi ficando complicada. O Fluminense não conseguia chegar e o Ceará mantinha a posse de bola. No desespero, tentou a pressão final, mas a desorganização, o nervosismo e o cansaço impediram qualquer jogada lúcida. O péssimo segundo tempo foi decisivo pelo resultado ruim.
AGENOR
Um goleiro com mais agilidade poderia ter defendido a bicicleta de Tiago Alves.
GILBERTO
Perdido em campo, não contribuiu para criar alternativas pela direita.
IGOR JULIÃO
Manteve o nível ruim de Gilberto.
DIGÃO
Considerando o retorno depois de tanto tempo parado, foi regular. Teve dificuldades com os espaços entre o meio-campo e a defesa.
NINO
Foi batido várias vezes nas jogadas em velocidade no segundo tempo. Demorou a chegar em Tiago Alves e permitiu a bicicleta.
CAIO HENRIQUE
Confiante, esteve muito bem no apoio no primeiro tempo. Na etapa complementar, não teve o mesmo aproveitamento.
YURI
Muito aquém em relação ao Allan, dificultando a saída de bola com rapidez.
MARCOS PAULO
Entrou para dar mais ofensividade quando a bola chegava ao campo adversário, mas centralizou os passes, onde tinha muita gente do adversário.
DANIEL
No primeiro tempo, quando Ganso pegava na bola, corria no corredor à frente para receber mais avançado e foi produtivo. Morreu no segundo tempo, principalmente quando recuou para a posição de Yuri.
PH GANSO
O mais lúcido do time. Intensidade e passes com muita categoria e objetividade na etapa inicial. Com o distanciamento dos companheiros depois do intervalo, não conseguiu dar ritmo.
YONI GONZÁLEZ
Deslocamentos em velocidade e assistências para a conclusão de Pedro e João Pedro na primeira parte do jogo. Ficou perdido no segundo tempo.
PEDRO
Procurou revezar o posicionamento entre a última linha cearense e a intermediária em busca de tabelas com Ganso e Daniel. Quando o time se perdeu, tentou ajudar na armação, mas estava sempre cercado por dois, três adversários.
JOÃO PEDRO
Ansioso no começo, depois se movimentou muito para tentar conclusões. No segundo tempo, prendeu a bola em momentos que poderia ter tocado de primeira. Poderia ter caído pela direita para aproveitar espaços deixados pelo Ceará.
MIGUEL
Tentativa de Diniz para desmontar a forte linha defensiva do Ceará. Não funcionou.
FERNANDO DINIZ
Até os 30’, o desenvolvimento de jogo desde a defesa até o ataque foi bom. Ganso dava dinâmica, Caio chegava com força pela esquerda, Pedro, Yoni e João Pedro se movimentavam. O time era um bloco, que defendia com muitos e chegava no ataque também com muitos. A partir dos 30’, as linhas se separaram e o Fluminense se desmontou. Conseguiu um gol na boa colocação de Pedro. Parou de vez aí. O segundo tempo foi, taticamente, uma lástima. A distância entre os zagueiros e os atacantes era absurdamente grande. Dessa forma, o Ceará tinha facilidade de marcar quem tinha a bola e quem era opção para o passe. O mês de treinamento não trouxe novidades para desmontar retrancas e, pior, mostrou um time ainda mais vulnerável para os contra-ataques.
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