Fluminense 1 x 0 Santos (por Marcelo Savioli)

Amigos, amigas, Fluminense e Santos foi, praticamente, jogo de um time só. Um Fluminense destemido, ofensivo e disposto a vencer a partida até o último minuto. Contra um Santos acanhado, descaracterizado e defensivista.

A torcida do Fluminense não foi um show à parte, mas o próprio ápice do show da noite de hoje. Sem a Mais Extraordinária Força Popular do Planeta, aliás, não poderíamos dizer que houve um espetáculo no Maracanã.
Embora soberano em campo na maior parte do tempo, o Fluminense teve sérias dificuldades para superar o sistema defensivo santista. Tanto que o gol saiu no último minuto dos acréscimos de sete minutos, um daqueles que nos faz sentir que o Gravatinha está vivo, ativo e animado.

Samuel Xavier arriscou da entrada da área, a bola desviou no defensor e foi parar no ângulo esquerdo do goleiro santista, que, desesperado, esticou os braços, jogou as luvas e a alma, nada sendo suficiente para evitar o gol e a derrota merecida de um time que nada apresentou no gramado do Maracanã, o mesmo em que a camisa santista já desfilou suas glórias no passado.

Estou gostando desse Fluminense do Renato, que vem usando bem o elenco e fazendo com que os jogadores atuem com personalidade e alegria. Colamos nos líderes do campeonato e assim devemos permanecer até o final, aspirando ao que nos é de direito, que é reivindicar para o Prêmio Nobel do Esporte o título brasileiro. Qualquer pensamento que não seja esse é indigno do Maior Clube do Brasil.

Freytes se reabilitou com atuação segura, Renê foi bem e Arias foi o nome do jogo, o que não é nenhuma novidade, sendo, inclusive, o autor da assistência para o fantasmagórico gol tricolor. Martinelli, como sempre, foi um monstro. Hércules ainda está devendo. Bernal o substituiu e foi mais efetivo, inclusive com belo arremate do meio da rua, que quase acaba em golaço.

Vitória merecidíssima do Fluminense, pelo que produziu no jogo, pela coragem, intensidade e apetite insaciável pela vitória. É assim que um time do Fluminense deve jogar, porque isso é nossa história, nossa tradição, nosso DNA.

Temos, agora, dois jogos seguidos pelo Brasileiro e o foco deve ser a conquista da liderança. Vamos pensar como Fluminense, porque isso é um diferencial poderoso, capaz de moldar a realidade.

Sauda