Amigos, amigas, muito estranha a agenda do Fluminense nessa quinta-feira, 5 de dezembro de 2024. Na parte da tarde, como cabeça de chave, o Maior Clube do Brasil conheceu seus adversários no Mundial de Clubes Fifa (sabe-se lá o que seja Mundial de Clubes Fifa). Na noite de ontem, mais um duelo na briga contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.
Fixemo-nos no programa noturno, que é a prioridade para o momento. Após a derrota do Criciúma para a Dissidência na noite de quarta, nossa permanência na Série A dependia de uma vitória no Maracanã, diante do já rebaixado Cuiabá, e de um tropeço do Bragantino na Arena da Baixada, contra o Athletico.
No Maracanã, só o Fluminense jogou no primeiro tempo, mas a má notícia veio do Paraná, com o Bragantino fazendo 1 a 0 no Furacão. Para piorar a situação, Arias, pelo segundo jogo consecutivo, perde um pênalti, que nos daria a vantagem no placar.
O Fluminense dominava o Bragantino, mas tinha dificuldades de criar oportunidades de gol, o que, como consequência, teve o desfecho do primeiro tempo sem abertura do placar. Uma situação extremamente preocupante, que levava a decisão da nossa permanência na Série A para a última rodada, tendo o Palmeiras, fora de casa, como nosso opositor.
Com a vitória parcial do Bragantino e nosso empate, até nossos piores pesadelos reivindicavam se tornar realidade. Mano colocou Keno no lugar do apagado Martinelli e o Fluminense, que já jogava estacionado no campo do Cuiabá, começou a se aproximar da abertura do placar. O que veio em arremate de Lima de fora da área, rebote do goleiro e a presença de Serna mandando para as redes.
Com isso, o Fluminense dava um salto na tabela, ultrapassando o Athletico, mas esse não era o cenário ideal. Melhor seria que os paranaenses ao menos empatassem o jogo, o que aconteceu. Bastava que os resultados se mantivessem, com vitória tricolor e empate no Paraná, para que o pesadelo tivesse fim.
Não teve, porque nos minutos finais o Bragantino chegou ao gol da vitória, plantando desespero na Arena da Baixada e perplexidade no Maracanã. De modo que nossa vida não foi decidida na noite de ontem.
O que temos, então, para a última rodada? Atlético MG, Fluminense, Athletico e Bragantino brigando para não ficar com a última vaga indesejada, fazendo companhia a Atlético-GO, Cuiabá e Criciúma, já rebaixados.
O fato curioso é que todos os quatro dependem só de si na última rodada para se manterem na Série A. Sim, os últimos quatro, porque entrou na briga o Atlético-MG, um personagem improvável, para quem basta um empate em Minas para assegurar sua permanência na Série A.
O mesmo acontece com o Fluminense, que lá se manterá A com um empate. O problema é que o Galo enfrenta o Athletico na Arena MRV, enquanto o Fluminense enfrenta o Palmeiras, que ainda briga pelo título brasileiro, fora de casa.
O próprio Athletico pode se manter na principal competição do calendário nacional com um empate em Minas, mas para garantir a vaga precisa vencer, sob o risco de ser ultrapassado por Flu e Bragantino, que, por sua vez, obterá o mesmo intento vencendo em casa o Criciúma, o que me parece muito provável.
O caso do Fluminense é simples, pelo menos sob a ótica da matemática. Se empatar com o Palmeiras, está livre do rebaixamento, já que ficará, independentemente dos resultados, à frente de Atlético ou Athletico. Em caso de perder o jogo, ainda poderá contar com a derrota do Athletico em Minas ou um tropeço do Bragantino contra o Criciúma.
Independentemente do desfecho dessa trama, o que nos cabe analisar é como chegamos até aqui um ano após termos conquistado a Libertadores e o vice-campeonato Mundial, mas essa análise fica para depois do desfecho. Ou antes, para quem acompanha essa coluna e esse PANORAMA já desde 2023 ou antes. A história, na verdade, já está contada até com detalhes.
Saudações Tricolores!
Ficou ruim. Ninguém crê que sequer empataremos com o Palmeiras, nem o mais apaixonado tricolor. O Braga, ganhou em Curitiba, coisa que não conseguimos, vai passar fácil pelo crisciuma. Se der empate em Minas, perdemos pelo menor saldo de gols, a vaca já foi pro brejo.