Muita expectativa para um jogo que levaria o Flu para a vice-liderança do campeonato. Entretanto, os muitos desfalques colocavam em xeque qualquer confiança exacerbada do torcedor tricolor.
E o primeiro tempo mostrou que o Fluminense sentiu as ausências. Sem Edson, a marcação afrouxou e a ocupação de espaços não existiu. Buracos no meio campo permitiam que o Cruzeiro comandasse as ações e levasse perigo ao gol de Cavalieri.
Em busca de saídas velozes, Marco Junior era a opção, mas, marcado, não conseguiu aparecer. Gerson e Scarpa erravam passes e o tricolor parecia perdido em campo. Wellington Silva ainda buscava alguma coisa na base da disposição, mas era pouco.
De repente, o jogo tornou-se aberto, não por qualquer mérito, mas porque os erros de passes sucediam-se e as equipes falhavam em tudo o que podiam. O Cruzeiro, nem de longe, é sombra do time campeão do passado. Sem armar jogadas que pudessem envolver o adversário, também o Flu não era o mesmo de algumas rodadas.
Em um belo cruzamento, WS coloca Fred no cenário de uma pintura barroca. O Craque inclina o corpo e, em diagobal, acerta um belíssimo voleio. A antítese futebolística se faz em campo: A vaidosa bola passa ao lado do gol.
Torcida incendiada, o jogo fica quente. Mas os pecados na marcação não param e o Cruzeiro tem boas chances. Inveja de ter boas chances. No fim do primeiro tempo, Enderson é expulso, Fred reclama. É a ira. Ânimos acirrados levam a torcida a entrar no jogo. Fim do primeiro tempo. O sangue fervia na promessa da volta do intervalo.
Vem o segundo tempo e com ele a vontade de fazer valer o mando de campo. A superação das dificuldades vestia as cores do Fluminense. Melhor em campo, o tricolor lançava-se à frente empurrado pela torcida.
Nem por isso o jogo ficou bom. As falhas continuavam acontecendo, mas agora o comando das ações estava do nosso lado. Oportunidades apareciam, mas eram desperdiçadas. Chance clara, nenhuma.
Gerson e Scarpa redimiam-se do primeiro tempo apagado e entravam no jogo, imprimindo velocidade junto com Marcos Jr. O jogo ficou aberto e, por volta dos trinta minutos, falta perigosa pela esquerda.
A torcida, que cantava “nense” como um mantra de esperança que se recusa a enxergar a dificuldade como impossibilidade, decide ir além. Era preciso mais. Uma oração. E João de Deus voltava às arquibancadas como em tantas outras oportunidades. Abençoado soava o apito.
Bola rolada pro lado e Scarpa acerta o canto direito de Fábio. Era a redenção. Um a zero. E daí que não jogamos bem? Quem se importaria? Guerreiros dispostos à doação no mesmo tom e voz de sua torcida. Marcos Jr. Ainda perdeu um gol de frente para as traves. Nada disso mais entraria na história. Guerreiros. O time de guerreiros é o vice-líder.
E queremos mais.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri
Imagem: pra
Sem sombra de dúvida, foi o jogo mais emocionante que fizemos. Mas, não é verdade que jogamos bem.
Taticamente, o meio estava desarrumado, a defesa ficou exposta durante todo o jogo e não tivemos uma criação eficiente. Basta ver que tivemos menos posse de bola que o Cruzeiro, trocamos 150 passes a menos que eles e erramos quase 90 passes, o que coloca o aproveitamento lá embaixo.
Fosse um adversário mais qualificado, não sei se teríamos a mesma sorte. Que tal não confundir garra com…
Muito engraçado! o cara escreveu uma crônica sem ter visto o jogo. ST
Que bom que você achou engraçado. Seu comentário também o é.
Bom dia Cestari. Eu acho que vi um jogo totalmente diferente do que vc. Abs.
Como você um dia filosofou, parabéns pra nós, os 15 mil de sempre.
S.T.
Vimos um jogo diferente. O primeiro tempo foi mais equilibrado, com leve superioridade tricolor. Mas o segundo tempo foi todo nosso.
St
Não jogamos bem?
Que jogo vc assistiu?
Veja o “tape”do jogo e com certeza,vai mudar sua análise.
ST