Sem qualidade, sem equilíbrio, sem organização, sem competência, sem esquema, sem marcação, sem saída de bola, sem ataque e sem sorte. Esse Fluminense de hoje é o time dos “sem”.

Se há alguma coisa que mais irrita nesse time, essa característica é a de sofrer os gols por seus próprios erros. Se formos analisar os últimos seis gols, desde o jogo contra o São Paulo, todos, sem exceção, foram sofridos por falhas individuais. E como é fácil fazer gol nesse time. Nosso miolo de zaga é ridículo (Gum é uma piada de mau gosto e Anderson supera o ridículo).

No jogo de hoje foram as vezes de Bruno e Cavalieri entregar. Bruno vacilou no primeiro gol, deixando que Tiago Ribeiro antecipasse a jogada e tocasse para o fundo das nossas redes. Aliás, falar do atacante santista fez-me lembrar de outra coisa que também irrita bastante nesse time: a competência que ele tem em recuperar adversários sejam esses times ou jogadores. Dessa vez, foi a vez do time ser generoso com Tiago Ribeiro, que já fazia a sua oitava partida sem marcar.

O segundo gol veio num frangaço do Cavalieri. Não dá para a única peça de qualidade do nosso setor defensivo, a que deveria ser o pilar da nossa ridícula defesa, falhar dessa forma. Aí fica realmente muito difícil.

O jogo começou igual e em alguns momentos fomos até melhores do que o adversário. Mas, por erros próprios, deixamos de sair na frente e logo em seguida tomamos um gol. E, para um time sem confiança, sair atrás do placar é fatal.

O primeiro lance do jogo nos fez lembrar o que é o Rhayner. Ganhou uma bola na raça e na velocidade no meio de campo e se viu na cara do goleiro. E para quem não mais se lembrava dele, completou como sabe fazer, de forma pífia. Um minuto depois veio o gol do adversário.

Veio o segundo tempo e, como era de se esperar, fomos para o abafa. Vanderlei trocou Willian e o inoperante Eduardo por Wagner e Felipe. As alterações surtiram efeito e fomos muito superiores, mas não conseguimos marcar. Colocamos uma bola na trave e o goleiro adversário fez uma defesa muito difícil com o pé.

Aí, quando parecia que, mesmo esbarrando nas nossas próprias dificuldades e erros, iríamos marcar nosso primeiro gol e fazer crescer muito a pressão sobre o adversário, nosso atacante Fred se lesionou. E quando a fase é ruim, não tem jeito. Sua lesão veio a menos de minutos depois da nossa terceira substituição. Desgraça pouca é bobagem, meus amigos.

Com isso não tivemos força para pelo menos empatar.

Ficaremos agora pelo menos um mês sem Fred. Nosso atacante não está jogando nada. Recebe pouquíssimas bolas e nessas poucas oportunidades não tem tido o aproveitamento que dele se espera. Mas, ruim com ele, pior sem. Quem vai entrar é o Samuel. Cruel para a torcida.

Sobre o time adversário, destaque para o lateral direito, Cicinho. O mesmo que Abel e Rodrigo Caetano não quiseram contratar no início do ano, quando preferiram o tal de Wellington Silva. Mais uma pra conta dessa dupla que sabe como ninguém montar um planejamento.

Aliás, além de tudo o que o torcedor está passando esse ano por pura incompetência desses dois na montagem do elenco, a gente ainda é obrigado a ler a entrevista do Sr. Rodrigo Caetano dizendo que não serão feitas contratações. Muito obrigado!

Vou parando por aqui porque não tenho mais o que escrever sem que desande a cuspir palavras de baixo calão.
Para nós torcedores, resta torcer muito contra Criciúma, Portuguesa, Ponte Preta, Bahia, Flamengo e um ou dois times mais.

O que será desse ano eu realmente não sei e tenho até medo de pensar.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri @MVivone

Foto: www.lancenet.com.br

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