Amigos, amigas, o Fluminense cumpriu uma jornada desastrosa na tarde deste domingo no Maracanã. E não digo isso porque o Fluminense jogou de forma desastrosa, mas porque de tudo foi feito para que perdêssemos uma partida decisiva, em cuja derrota nos tirou definitivamente da briga pelo título brasileiro. Com ela, o Botafogo voltou a abrir 14 pontos na nossa frente.
E o pior de tudo é que os outros resultados, pelo menos até aqui, nos foram favoráveis, com tropeços de Dissidência, Grêmio e Palmeiras. O que poderia ser uma rodada mágica para o Fluminense, foi para o Botafogo. De agora em diante, viveremos o que resta da temporada por um jogo: a final do dia 04 de novembro. E que nos contentemos com isso, porque pela forma como o Fluminense tem jogado desde o final do primeiro quadrimestre do ano, estamos no lucro, porque não havia a menor chance no Brasileiro.
Diniz voltou ao seu psicodélico 4-2-4, com André e Ganso tendo que se desdobrar para realizar o trabalho de meio de campo. Os primeiros 20 ou 25 minutos foram de colocar à prova a nossa paciência e os nossos nervos. Tentando sair de trás com a bola dominada, não tínhamos meias para apoiar as ações e, com isso, demos pelo menos umas três bolas para o adversário nos assediar em nossa área.
Na primeira chance alvinegra, Marcelo não acompanhou uma cobrança de lateral, deixando Júnior Santos receber livre para fazer o cruzamento. Ironicamente, porém, os gols do Botafogo saíram de contragolpes, com nossa defesa toda desorganizada e sem combate no meio. Não fossem as nossas falhas, poderíamos dizer que estávamos melhor no jogo, porque o Botafogo jogava mal, mas, justamente por causa delas, acabou crescendo na partida.
Com 2 a 0 contra, o Fluminense subiu assustadoramente de produção. Ganso se aproximou dos zagueiros para começar as jogadas e passou a comandar o jogo, fazendo o Fluminense jogar. As oportunidades começaram a aparecer com alguma fartura. No melhor momento, JK mandou uma bola na trave. Estava traçado o caminho para uma tentativa de se promover a difícil virada no segundo tempo.
O que, no entanto, faz Diniz? Tira Ganso e coloca Lima. Foi ali que acabou o Fluminense no jogo, que não conseguiu criar mais nada. É impressionante que um treinador como Diniz consiga ser acometido de tamanha miopia. O mínimo que se espera do treinador da Seleção Brasileira é que consiga enxergar o que está acontecendo em campo. Como há muito não se via, Ganso regeu a orquestra tricolor durante os 25 minutos finais da primeira etapa, fazendo o Fluminense jogar como há muito não jogada, envolvendo totalmente o Botafogo, mas Diniz tira o cara do time.
Então, se o Fluminense não tem interesse no Brasileiro, podemos dormir até o dia 04 de novembro. É bom, no entanto, que nossos olhos sejam capazes de ver que o rei está nu. Os próximos jogos devem servir para que não precisemos contar com noites infelizes de artilheiros adversários. Temos que montar um time titular que faça sentido. Caso isso não aconteça, ainda assim poderemos vencer o Boca na final da Libertadores, mas eu prefiro não ter que contar tanto com a sorte.
Saudações Tricolores!