O Fluminense, com a escalação ofensiva de Diniz, tomou a iniciativa do jogo. PH Ganso na distribuição, Daniel e Luciano na ligação com o ataque, os laterais abertos e Pedro centralizado empurravam o Botafogo para trás. O Fluminense dominava, mas não conseguia transformar a superioridade em chances de gol. Caio Henrique e Yoni González levavam vantagem sobre Fernando, mas não conseguiam concluir ou achar Pedro e Luciano no meio da área. Gilberto era acionado, mas tinha a mesma dificuldade. Aos 11’, Caio Henrique foi a fundo e tocou para Daniel na cara de Gatito Fernández, mas a conclusão foi alta. Aos 25, Luciano invadiu, driblou dois, mas chutou em cima de Gatito, em vez de rolar para Pedro, que estava livre. Aos 43’, Pedro recebeu, deixou Carli para trás, mas foi travado na hora do chute.
No retorno do intervalo, o panorama continuou com o Fluminense na garganta do Botafogo. Aos 10’, Pedro deixou Caio Henrique na cara do gol, mas o chute saiu fraco e Gatito defendeu. A pressão era forte e o Botafogo tentava os contra-ataques. Aos 26’, Gilberto deu espaço, Daniel não fez a cobertura, Jonathan cruzou com liberdade e Alex Santana subiu livre entre os zagueiros tricolores para cabecear para as redes. O Fluminense sentiu o gol. Além de não conseguir concatenar as trocas de passes até a área alvinegra, ficou exposto aos contra-ataques. Aos poucos, voltou a tranquilidade na organização. Matheus Ferraz empatou, mas Pedro estava impedido no primeiro lance. O nervosismo do Fluminense, o Botafogo, que amarrava o jogo, e as enrolações do árbitro contribuíram para a bola não rolar nos últimos dez minutos.
RODOLFO
Não fez nenhuma defesa. Na única conclusão do Botafogo, a bola entrou. Não tinha chances de defesa.
GILBERTO
Ofensivo, procurou o drible e o fundo do campo, mas os cruzamentos encontraram os zagueiros do Botafogo. Largou Jonathan livre no gol do Botafogo.
MATHEUS FERRAZ
Forte nas bolas aéreas. Perdeu na disputa com Alex Santana no gol do Botafogo porque o alvinegro vinha em velocidade. Não dava tempo de chegar. Pelo chão, antecipou-se ou desarmou com competência. Quando o Botafogo recuava, avançava para dar opções de passes a Allan.
NINO
Fez bem as coberturas de Gilberto e de Matheus Ferraz. No único cruzamento que não levou vantagem, saiu o gol do Botafogo. Estava marcando no primeiro pau.
KELVIN
No desespero, tentou ganhar na velocidade e no drible. Não conseguiu nem um, nem outro.
CAIO HENRIQUE
Incansável, no primeiro tempo, formou dupla de ataque com Yoni González e chegou ao fundo com facilidade. Exceto numa assistência para Daniel, os cruzamentos foram defeituosos. Perdeu grande oportunidade ao chutar fraco. Aliás, precisa aperfeiçoar esse fundamento porque tem velocidade para chegar na área.
ALLAN
Seu futebol cresceu ao assumir a posição de primeiro volante. Bom passe, procurava Ganso ou os laterais para iniciar as transições em velocidade.
DANIEL
Muita movimentação. Fez boas aberturas pelos lados do campo, mas errou os lançamentos para o meio da área do Botafogo.
LÉO ARTUR
Perdendo, entrou para aumentar a pressão em busca do empate. Conseguiu conduzir a bola até a área e criou perigo ao Botafogo.
PH GANSO
Voltou bem. Participativo, distribuiu ótimos passes e fez inversões que encontraram alguém livre. Caiu de rendimento na metade do segundo tempo.
LUCIANO
Trabalhou bem fora da área. Bons passes e dribles, mas prendeu demais a bola em alguns momentos. Entrou na pilha do Botafogo e se perdeu em campo. É uma situação comum nos jogos em que o Fluminense está perdendo.
PEDRO
Ainda se ressente de melhor forma física e de noção de posicionamento na área, em função do tempo parado e os marcadores conseguem levar vantagem na antecipação. Vai precisar de sequência para deslanchar de vez.
YONI GONZÁLEZ
Aberto pela esquerda, usou a velocidade para envolver Fernando, mas pecou nos cruzamentos. Sumiu depois do gol do Botafogo.
FERNANDO DINIZ
Ousou e montou um meio-campo mais ofensivo, somente com Allan de volante. O time ganhou velocidade e força na intermediária do adversário. Avançou os laterais e abriu Yoni pela esquerda. Deu resultado no primeiro tempo, mas os cruzamento e as conclusões foram deficientes. A derrota não pode ser creditada na conta do Diniz, mas à liberdade dada por Gilberto a Jonathan e às conclusões precipitadas ou com defeito do pessoal da frente de Caio Henrique. Não tem um lateral esquerdo de qualidade e está trabalhando Caio para esta função, então, alterna bons e maus momentos nos jogos. O gol foi resultado de falha de marcação de Gilberto e também de cobertura. A liberdade e o bom cruzamento mataram a dupla de zaga.
Panorama Tricolor
@PanoramaTri @MauroJacome
#credibilidade
Concordo! Gilberto não sabe ser lateral direito. Cada hora ele está em um canto do campo. Na maior parte do tempo no meio e algumas vezes até na lateral esquerda. Além disso, quando vai, não volta, deixando uma avenida para atacantes adversários. Fica fácil atacar o Flu assim.
Um treinador que não sabe fazer a leitura de um jogo, que só muda quando toma gol, que não tem variação de jogadas, que acha que só com esse toque que todos já conhece vai ganhar algo.
Está preparando o time pra segundona.