Fluminense 0 x 0 Grêmio (por Paulo-Roberto Andel)

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Ser tricoleba é muito difícil.

Você fica em frente à TV às dez da noite, o jogo começa numa murrinha, aquela modorra, vira calmante, a cabeça balança, é o caos.

No estádio, tudo é belo, teatro, risco. Na tela, a dor é crua.

Depois de viver dias de Saramandaia misturada com Odoricos Paraguaçus emplumados, pelo menos o Fluminense lutou e deixou de ser um bando inerte.

Claro, o Grêmio com sua tradicional pegada, sem oferecer espaços, enquanto a reserva criativa do Flu deitava em berço esplêndido do banco de reservas.

Cícero acertou uma boa cobrança de falta. Ele pode bater sem ficar um ano de fora. O Edson lutou de pé, deu sarrafo e não se ajoelhou – um escriba dos bons.

O jogo foi chato. Brigado mas chato. Lutei contra o sono e venci.

Um empate com gols no Sul recoloca o Flu em parte dos trilhos.

Ah, Fred anda num momento meio Cristo Redentor: paradão, com os dois braços abertos. O que fala com o árbitro certamente é pecado. Mas ajudou a defesa e quase deu uma furada.

No final, o Kote comentou no PANORAMA sobre as diferentes reações de situação e oposição à saída da equipe. Uns gritando “é campeão”, outros indignados. Calma, gente: na vida real, a prioridade é lutar contra o rebaixamento. Todos na briga do próximo sábado. Goiás.

Tem sido bonita a claque da diretoria, sempre em closes generosos na tevê. Tanto faz se com nove mil heróis ou vinte mil. Pode ser também uma coincidência nos últimos cem jogos. E o resto da torcida?

A Globo? Pfffff. Tanto que não teve nota oficial sobre o “Flu of thrones”.

Valeu a luta do possível time.

Malandro que é malandro é malandro demais, já dizia o grande Otto. Meu amigo Bruno Saraceni? “É muita vontade de acreditar”.

Vida que segue, o sábado não espera.

Panorama Tricolor

@PanoramaTri

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