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Jogo brigado no primeiro tempo. Não que fosse bom tecnicamente, até porque os times são modestos, mas teve luta. No começo o Botafogo pareceu melhor, um pouco mais rápido nos últimos toques, mas depois da pausa hidratante o Fluminense deu o troco e quase fez. Se o cara não tira aquela finalização de calcanhar do Pedro…
De resto, num clássico com muitos jovens em campo dos dois lados, em busca de afirmação, os passes errados foram a tônica. Na defesa do Flu, o primeiro destaque foi Ibanez, com intervenções seguras. Ainda se espera de Sornoza o futebol esplêndido que exibia antes da grave contusão. Gilberto e Marlon foram muito acionados, acertaram e erraram, mas a marcação inibiu qualquer finalização relevante. A jogada do pênalti foi tão confusa que não dá para cravar nada.
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O segundo tempo começou mais quente, mesmo com a chuvinha. O Fluminense marcou seu belo gol com Ibanez, anulado por uma falta do sensacional Renato Chaves antes da conclusão. Antes, Jefferson fez um defesaço em cabeçada de Gilberto. Porrada no meio de campo, dedo na cara do árbitro, o escambau. E Pedro acertou boa cabeçada, por cima do travessão, tudo isso em pouco mais de quinze minutos.
A partir da metade da etapa final, só deu Fluminense. A falta de qualidade nos toques finais explicou o empate. Entraram Ayrton, Matheus Alessandro e Robinho – todos foram bem, ainda que nada de excepcional. Robinho fez duas belas jogadas pela esquerda e assustou Jefferson.
Merecíamos a vitória, nem que fosse pelo escore mínimo.
3
No fim das contas, o Fluminense foi aplicado, humilde e coeso dentro de suas limitações num jogo pegado. É claro que precisa de reforços, mas pode ser o começo discreto de um conjunto valente. Esse jogo de hoje estava com uma cara de 1991. Era assim.
O Maracanã vazio, símbolo de uma Federação falida.
5
Interrompi discretamente minhas férias devido à cobertura do PANORAMA. Depois eu volto.
Um feliz 2018 a todos os que nos prestigiam.
E quem fala mal que leia meu novo e-book gratuito para download no blog otraspalabras! – o nome é “A essência do FDP contemporâneo brasileiro – uma conversa de botequim”.
Involuntariamente, um tributo aos babacas da internet.
Panorama Tricolor
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#JuntosPeloFlu
Imagem: rap/Curvelo