Mesmo jogando contra o lanterna do campeonato, o Fluminense não se impunha. Além de chegar com timidez à frente, dava espaços para o Atlético. Somente aos 14’, num contra-ataque e numa disputa pela bola de Wellington Silva, Wendel pegou o rebote, se livrou do zagueiro e tocou na saída de Felipe Garcia. 1 x 0. Um gol para a torcida e para Abel. Mesmo em vantagem, continuou dando campo para o rubro-negro goiano. Aos 23’, numa sequência de erros de Henrique, Paulinho aproveitou e empatou. A transição era feita com muita lentidão, com muitos toques para os lados. Matheus Alessandro tentou dar velocidade e conseguiu se soltar e lançar Wellington Silva, que ajeitou e bateu de curva para fazer 2 x 1. Novamente na frente do placar, mesmo assim, o Fluminense não se impunha e não se organizava para ficar com a posse de bola. Os ataques eram esporádicos. Em alguns momentos, inclusive, o time goiano controlava o jogo.
O Fluminense não voltou bem, errando passes, com uma marcação muito frouxa. Tinha dificuldades para sair. Somente aos 12’, numa troca de passes, Marlon cruzou meio desajeitado, a defesa do Atlético deixou a bola chegar em Henrique Dourado. De primeira, o artilheiro meteu um balaço e fez o terceiro. Daí em diante o Fluminense deslanchou e as chances foram se sucedendo. Nos minutos finais, trocou passes e não forçou em busca de mais gols, mesmo quando o Atlético ficou com um a menos.
JÚLIO CÉSAR
Quase nenhum trabalho. No gol de Paulinho, nem viu por onde a bola passou.
MATEUS NORTON
Jogou como um lateral improvisado, ou seja, para não comprometer. Pouco passou do meio-campo.
ROBERT
No pouco tempo que esteve em campo, só deu tempo para um passe de calcanhar.
RENATO CHAVES
Um dos seus maiores pontos fracos é o combate na intermediária e, mesmo assim, sai toda hora da área. Não consegue roubar a bola e abre um buraco na última linha de defesa.
HENRIQUE
Falhou feio no gol de empate. Em vez de limpar logo a área, tentou dominar a bola e entregou para Paulinho. No geral, fez algumas interceptações e cometeu algumas falhas. Parece que Renato Chaves não é o companheiro ideal, pois desorganiza mais ainda uma defesa com muitos problemas.
MARLON
Ainda está se ambientando. Várias vezes se apresentou, mas não recebeu. No primeiro tempo, os cruzamentos foram bem mapeados pelos zagueiros do Atlético. Para encontrar Henrique Dourado, vai precisar chegar com mais rapidez ao fundo. No segundo tempo, fez um cruzamento despretensioso, a bola chegou em Henrique Dourado e saiu o terceiro gol. Dá a impressão de superioridade técnica sobre Leo, mas vamos observar outros jogos.
MARLON FREITAS
Tempos diferentes. No primeiro, recuperou algumas bolas e tentou fechar a frente da área, no entanto, ficou só algumas vezes porque Wendel combatia na linha central. Quando pegava na bola, muitas vezes, virava-se para trás, em vez de erguer a cabeça e procurar um companheiro mais à frente. Na segunda etapa, avançou e criou algumas boas jogadas, com arrancadas, passes verticais e chutes a gol. No final, deixou Abel irritado com erros bobos.
WENDEL
Fez um ótimo primeiro tempo. Organizou, infiltrou-se, chutou. Posicionou-se bem no gol e teve visão para se livrar de Felipe Garcia. No segundo tempo, cansou e caiu um pouco de produção.
GUSTAVO SCARPA
Partida muito ruim. Muito sumido e longe das jogadas. Quando tentou os passes, não simplificava e errava demais. Tentou pouco chutes de longe.
MARQUINHOS CALAZANS
Começou correndo muito, auxiliando Norton na lateral e puxando ataques em velocidade. Logo se contundiu e saiu.
MATHEUS ALESSANDRO
Entrou aberto na direita. Tentou uma, duas, na terceira driblou para dentro e lançou Wellington Silva para desempatar. Depois, foi pouco acionado e sumiu do jogo.
WELLINGTON SILVA
Responsável pelos principais ataques. Excelente jogada no gol de Wendel. Driblou, brigou, caiu, levantou. No segundo gol, também fez outra jogada magnífica: recebeu, ajeitou e bateu de curva.
PEU
Quase não pegou na bola.
HENRIQUE DOURADO
Brigou com a bola no primeiro tempo. Na única vez que recebeu uma bola dentro da área, marcou um bonito gol.
ABEL
Com os desfalques de Lucas e Orejuela, o técnico escalou o que tinha à disposição: Marquinhos Calazans mais avançado e Matheus Norton improvisado. A verdade é que o elenco tricolor está carente e Abel vai se virando.
ATLÉTICO-GO
Teve algumas chances, mas o terceiro gol matou o time.
ARBITRAGEM
Tranquila.
Panorama Tricolor
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Imagem: jam